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'Vovôs' atleticanos, massagistas Belmiro e Du antecipam a emoção do Mundial

 Funcionário do clube há 44 anos, massagista Belmiro diz que ficha da disputa do Mundial custou a cair - Bruno Cantini/Site do Atlético-MG
Funcionário do clube há 44 anos, massagista Belmiro diz que ficha da disputa do Mundial custou a cair Imagem: Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Vespasiano (MG)

04/11/2013 06h00

Funcionários mais antigos do Atlético-MG, os massagistas Belmiro e Eduardo Vasconcelos, que vivenciaram bons e maus momentos no clube, se preparam para a maior experiência de suas carreiras, com a participação do alvinegro mineiro no Mundial de Clubes, no Marrocos. Os dois ‘vovôs’ do clube atleticano reconhecem que vivem momento profissional de maior emoção. 

“Quando conquistou a Libertadores, foi uma emoção enorme, não cabia no peito. Depois que a ficha caiu, que entendi direito, lembrei do Mundial, uma competição inédita, importante, ainda é difícil de acreditar e parar de comemorar”, comentou Belmiro, massagista atleticano.

Acostumados a viver no dia a dia do Atlético, na maioria das vezes sem aparecer e ter o devido reconhecimento, os dois funcionários já se preparam para muita emoção.

Belmiro chegou ao clube mineiro em 1969 e dois anos depois, viveu o que até a conquista da Libertadores em 2013 era o maior momento do clube: campeão brasileiro. “Foi único e emocionante. Dedico uma vida ao Atlético. Vivi momentos marcantes no clube, outros ruins”, observou.

“A conquista da Libertadores ficou na história. Agora , o pensamento já é o Marrocos, ser campeão Mundial. Comemorei outros títulos, mas acho que nenhum igual a este”, observou o funcionário que está há 44 anos no Atlético.

Também massagista do Atlético há quase 30 anos, Eduardo Vasconcelos, que foi jogador do clube mineiro, celebra a chegada do torneio internacional que não era disputado quando jogador. “É um torneio importante, uma viagem longa, é uma grande oportunidade, esperamos que a gente volte com o título”, comentou o funcionário de 74 anos.

 Acostumado a viajar pelo mundo todo com o Atlético, Belmiro considera que a ida para o Marrocos será o ponto auge da carreira. “Será a viagem mais importante, sem dúvida alguma, acho que com o título fecho um ciclo”, comentou o massagista, que, apesar disso, não pensa em se aposentar.

Além do tempo longo no Atlético prestando serviços para grandes jogadores, os dois funcionários têm algo em comum, passaram por momentos difíceis no clube e viram a instituição dar a volta por cima, chegando agora a disputar o Mundial de clubes.

  • Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

    Aos 74 anos, quase 30 como massagista do Atlético-MG, Eduardo Vasconcelos o 'seu Du' mostra ansiedade com viagem ao Marrocos para a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro próximo. "É um torneio importante, uma viagem longa, é uma grande oportunidade, esperamos que a gente volte com o título”, comentou o massagista, que, ao lado de Belmiro, já enfrentou momentos difíceis no clube alvinegro, o que só aumenta a importância, segundo ele, da possibilidade de participar dessa competição internacional

“Para um clube que chegou perto de ficar falido, é uma volta grande, é um momento que era difícil de pensar antigamente”, observou “seu Du”, como é chamado o massagista, que enfrentou problemas de atraso de salário no clube e falta de boas condições para trabalhar.

 Belmiro celebra a volta por cima. “Hoje tudo é tão diferente do antigo Atlético, que teve anos de glórias, estrutura e por um período se afundou na crise. O time hoje está no caminho, arrumado e colhendo o sucesso. Momento é bem diferente”, afirmou.