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Preparador físico atingido por raio no São Paulo hoje "foge" da chuva

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

05/11/2013 06h00

Ele tem mais de três décadas de carreira e títulos de expressão nos clubes que passou, como bicampeonato mundial com o São Paulo. Mas é sempre lembrado pela resistência por ter sobrevivido após ser atingido por um raio.

Este é o preparador físico Altair Ramos, que marcou época na comissão técnica do time do Morumbi, na década de 90, em trabalhos com técnicos como Telê Santana e Muricy Ramalho, entre outros. Atualmente, está no Guaratinguetá, da Série B do Brasileiro.

Sua história de superação após ficar entre a vida e morte ocorreu durante um treinamento em um dia chuvoso no CT do São Paulo, na Barra Funda, no ano de 1996. Altair foi atingido em cheio por um raio. Precisou ser atendido rapidamente pelos médicos do clube que estavam no local e depois ser levado aos hospitais São Camilo e Albert Einstein. “Chegou a noticia até que eu tinha morrido”, lembra.

Altair ficou várias semanas tendo que fazer fisioterapia para se reabilitar e recorda da tensão passada pela mulher ao ouvir a notícia do que tinha acontecido e encontrar o marido no hospital.

“Quando ela chegou estava aquele tumulto no hospital. Ela conseguiu entrar por trás do São Camilo e me encontrou numa maca todo queimado. Depois, fez uma oração, saiu e viu muitas pessoas, amigos, parentes e ela com a cara boa com sorriso no rosto. Perguntaram pra ela porque o sorriso, e ela disse: ´está tudo bem com ele, não vai morrer vai se salvar´”, contou. 

Altair ficou uma semana internado e levou alguns meses para se reabilitar após várias sessões de fisioterapia. Ficou sem sequelas. Hoje, conta que se previne quando há chuvas em treinamentos e não dá mais bobeira. Assim que o tempo fecha e cai água, se manda para um lugar protegido.

 “Hoje eu tenho muito mais cuidados, quando começa relampear com muita chuva em um treinamento, encerro as atividades e levo o grupo para a academia”, falou. “O que deixo é como exemplo é pra se tomar cuidado em lugares abertos, com muitas árvores. Não pode abusar”, continuou.

  • Divulgação/Guaratinguetá

Altair deixou o São Paulo em 98 rumo ao futebol japonês. Depois, passou por Guarani, Paulista, Barueri e Audax. Mas ainda sonha em poder retornar ao São Paulo um dia.

“O São Paulo já conversou de eu voltar um dia. Meu nome foi ventilado já. Mas é um sonho em voltar pra lá. Não sei quando, algo me diz, a minha intuição, que vou encerrar a carreira no São Paulo. Mas tem muito chão ainda para encerrar. Mas vou voltar pra lá um dia, para trabalhar no profissional ou na base. É um clube que deu muito carinho, marcou muito. Foram 14 anos de São Paulo e outro clube que me marcou foi o Corinthians, trabalhei lá 5 anos.”