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Jucilei diz que não sabia para onde correr ao fazer gol que Pelé não fez

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

21/11/2013 06h00

Destaque do Corinthians nas temporadas 2009 e 2010, o volante Jucilei foi contratado em 2011 a peso de ouro, por cerca de 10 milhões de euros, pelo Anzi Makhachkala, da Rússia, que tinha projeto ousado de se igualar às maiores potências europeias.

Chegou em um time que tinha Eto´o e Roberto Carlos, entre outros, mas que depois viu a debandada de seus craques pelo fato de o milionário russo dono do time ter se cansado da aventura no futebol.

Hoje é um dos poucos jogadores caros que restaram no elenco. Mas reluta voltar ao Brasil e diz que espera ainda migrar para um centro maior da Europa.

“O meu contrato vai até dezembro de 2014, não tenho receio de ficar escondido, o futebol russo não é muito visto. Penso em ficar aqui. Tenho mais um ano de contrato e depois quero ir para um outro centro da Europa, não quero voltar", falou.

 Jucilei diz que está jogando mais recuado e por isso não tem feito mais tantos gols como fazia nos tempos de Corinthians. Foram poucos em dois anos e meio na Rússia.

Mas o volante se recorda de um dos gols que mais marcou sua carreira, um do meio-campo, nos tempos que jogava no J Malucelli, do Paraná, e ficou conhecido por ser um dos gols que Pelé tentou e não conseguiu.  O tricampeão mundial é famoso por ter tentado o lance algumas vezes, mas sem concretizar.

Jucilei lembra que não sabia nem como comemorar quando marcou em jogo do Paranaense.

“Eu não sabia para onde correr, tinha que extravasar, foi um gol bonito que ficará marcado pelo resto da vida, foi o mais bonito da carreira”, falou. “Agora não tenho feito tantos gols. Tenho jogado mais atrás e só marquei três vezes aqui.”

O volante diz que o estilo de jogo na  Rússia é mais de marcação e menos técnica.

“O treinamento é bastante diferente aqui; é muito pegado. Parece jogo de Libertadores. Os jogos do Campeonato Russo parecem com os da Libertadores, são muito pegados, usam bastante carrinho nas jogadas e tem muita força física. É algo muito diferente do Brasil, que tem mais qualidade toque de bola e com espaços. Aqui tem pouco espaço para o jogador no campo."