Estádio Olímpico perde túnel de camarotes e avança para implosão
O treinamento do Grêmio ocorria normalmente na manhã desta quinta-feira até um barulho que lembrou uma trovoada chamar atenção de todos. Do lado oposto aos reservados do Olímpico, uma fumaça de obra apareceu. Mas não se tratava de incêndio, falha ou prelúdio de chuva forte. Era o túnel dos camarotes do estádio que veio abaixo, avançando para implosão ainda sem data definida.
A torre, que ficava próxima a Avenida Carlos Barbosa, no lado oposto a entrada principal do 'Velho Casarão' foi derrubada. Todo aquele lado do estádio está desativado e sendo desmontado para implosão. Antes, elevadores, bares e uma passagem para o espaço VIP do Olímpico ficavam ali.
Foi mais uma etapa do 'desmonte' do Olímpico. O primeiro estágio da demolição, chamado mecânico, ocorre há mais de um mês e mantém o clima de obras no local.
Porém, para a implosão ainda falta algum tempo. A prefeitura de Porto Alegre precisa conceder as licenças ambientais para o ato. Ainda falta, para isso, três laudos diferentes.
A questão legal também trava o último dia da casa azul, branca e preta. A revisão nas cláusulas do contrato de parceria entre Grêmio e OAS - empresa que construiu a Arena e que receberá a área do Olímpico - ainda não foi assinado. A partir da celebração do contrato refeito serão 90 dias para mudança dos departamentos do clube, que se dividirão entre o novo Centro de Treinamentos e a Arena.
Mas qualquer um que passar pelo Olímpico percebe que mesmo com algumas barreiras a serem superadas, o fim está próximo. O local de muitas conquistas em 59 anos de história hoje se resume a entulho e destroços.
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