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Bom Senso se aproxima de sindicato e pode selar acordo em alguns dias

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

02/12/2013 18h51

A fundação do Bom Senso, o movimento e os sindicatos de jogadores têm se mantido em pontos diferentes da mesa de negociação trocando farpas constantemente. Depois de mais uma rodada de acusações mútuas na semana passada, os dois lados se aproximaram, e podem fechar um acordo já nos próximos dias.

As partes começaram a se aproximar no último sábado, quando Rinaldo Martorelli, presidente da Fenapaf (Federação Nacional de Atletas Profissionais) procurou Paulo André junto com outros dirigentes de sindicatos. Um dia antes, os dois lados tinham batido boca publicamente por meio de notas oficiais por conta do problema no Náutico.

Com a iminência de uma greve por falta de pagamentos no clube pernambucano, o Bom Senso cobrou a suposta falta de participação da Fenapaf nas discussões. A entidade rebateu dizendo que o sindicato legal estava negociando, e que não considerava a paralisação o melhor caminho.

Até a conversa do último sábado, Bom Senso e o sindicato apresentavam divergências importantes. A principal delas é que os atletas entendiam que faltava atitude à Fenapaf. Agora, já há o reconhecimento de que os jogadores também não davam apoio suficiente à entidade.

Em troca, porém, eles querem adesão à pauta do Bom Senso. Diante dos jornalistas, Paulo André explicou a Martorelli que espera que a Fenapaf dê o passo adiante em relação aos atletas, e não o contrário. O ex-goleiro respondeu positivamente e prometeu resolver a pendência em breve.

Um eventual acordo com a Fenapaf nesses moldes seria mais uma vitória do Bom Senso, que desde o fim de setembro tem chamado a atenção com propostas de mudança de calendário e implantação do fair-play financeiro. Nesse período, Paulo André e companhia se reuniram duas vezes com a CBF e avançaram em alguns pontos em relação à próxima temporada, mas ainda estão insatisfeitos com a projeção para 2015.

O próximo passo, na visão do Bom Senso, é uma negociação direta com clubes e dirigentes. Como o UOL Esporte mostrou na semana passada, a tendência é que Vilson de Andrade, presidente do Coritiba, seja esse nome. Para isso, porém, os jogadores querem um documento que conceda ao cartola uma espécie de procuração para negociar pelos seus pares.