Topo

Eurico faz mistério sobre volta ao Vasco e discorda de Andrés na CBF

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

02/12/2013 17h42

Virtual candidato à presidência do Vasco em 2014, Eurico Miranda voltou a falar sobre o pleito, mesmo com o clube às voltas com o rebaixamento. Depois de participar de um debate sobre a modernização no futebol, o cartola analisou a situação do clube cruzmaltino e fez projeções até para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), discordando de Andrés Sanchez como possível presidente da entidade.

“Se eu resolver eu não vou tentar voltar, eu volto ao Vasco. Mas ainda não resolvi. Só volto se o Vasco precisar mesmo de mim. Estou chegando a uma idade em que quero cuidar dos meus netos, o problema é que ainda tenho sangue na guelra e eu vejo algumas coisas que eu não consigo me calar”, disse o ex-presidente do clube.

Hoje presidido por Roberto Dinamite, desafeto de Eurico, o Vasco vive uma situação delicada no Campeonato Brasileiro. A uma rodada do fim do torneio, a equipe está na 17ª colocação, seriamente ameaçada pelo rebaixamento.

Eurico foi um dos protagonistas do simpósio promovido pela Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol), que se propôs a discutir possíveis melhorias para o futebol nacional. Como representante da Fferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), ele bateu boca com o zagueiro Paulo André, líder do movimento Bom Senso, que reúne jogadores das Séries A e B.

O evento ainda teve a presença de outras figuras importantes do futebol nacional, entre eles Andrés Sanchez. Durante o debate, Eurico chegou a dizer que não concorda com a atual administração da CBF. Hoje a principal figura da oposição da entidade, o ex-presidente do Corinthians não é visto como um bom candidato à sucessão de Marin, na visão do colega que já dirigiu o Vasco.

“Eu sou amigo do Andrés, mas ele tem um caminho pela frente. Parodiando o grande filósofo Romário, você não pode querer sentar logo na janela. Ele chegou agora há pouco. Ele foi um excelente homem no Corinthians, administrou muito bem, mas tem de ser geral, não é específico para São Paulo ou Rio. Isso é um país continental”, disse Eurico.