Fla celebra 1 ano de nova diretoria com time em alta e rivais em crise
Há exatamente um ano, um desconhecido e desacreditado Eduardo Bandeira de Mello vencia e eleição presidencial para comandar o Flamengo no triênio 2013, 2014 e 2015. Nos primeiros discursos e durante boa parte de seu trabalho até o momento, o novo mandatário rubro-negro mantinha a fala humilde, ressaltava a necessidade de uma reorganização financeira e alertava que o primeiro ano de mandato seria de “muito sofrimento” em prol de um futuro melhor.
Além de prever tantas dificuldades, o novo comandante do Flamengo ainda viu seus rivais em momentos mais tranquilos no início do mandato. Enquanto o Rubro-negro vivia momento turbulento após eleições e encarava duas eliminações do Campeonato Carioca, o Fluminense vinha de um título brasileiro, o Botafogo conquistava o Estadual e o Vasco, mesmo longe da melhor fase, disputava a fase final.
Um ano depois da votação que o levou ao poder, porém, Eduardo Bandeira de Mello pode respirar mais aliviado e celebrar um cenário bem mais tranquilo. Além da elogiada postura de corte de gastos e pagamento de impostos e dívidas, o presidente e sua diretoria vivem o melhor momento do Flamengo no futebol com o título da Copa do Brasil. De quebra, ainda assistem “de camarote” o sofrimento dos rivais no final da temporada – Vasco e Fluminense podem ser rebaixados no Brasileiro, enquanto o Botafogo corre o risco de não conseguir a sonhada vaga na Libertadores.
“O saldo é extremamente positivo. Encontramos os clubes com muita dificuldade, lutamos para organizar a parte financeira, fizemos cortes importantes no futebol, mas conseguimos um resultado bom. Não nos arrependemos das decisões que algum nos gostaram. Isso era necessário”, disse Bandeira de Mello.
“E cumprimos o objetivo. Montamos o time aos poucos, eliminamos os riscos no Campeonato Brasileiro e conseguimos um título para voltar à Libertadores. Estamos felizes, satisfeitos, mas queremos ainda mais”, completou o presidente.
O goleiro Felipe também comemorou o bom momento e lembrou da rara semana de paz no Flamengo após um ano complicado.
“Rapaz, confesso que o mais importante nestes últimos dias é saber que colocarei a cabeça no travesseiro sem qualquer pressão. São dias de paz. E isso é raro aqui no Flamengo. Neste ano, toda semana era um problema, alguma coisa que falavam. Mas conseguimos reverter tudo isso e terminamos o ano de uma maneira que ninguém esperava”, avaliou o camisa 1.
Além de comentar o momento atual, alguns jogadores até cutucaram o momento dos rivais. “Rivalidade sempre tem, mas a gente fez o nosso papel. Deixa eles correrem atrás. Vamos deixar que eles [rivais cariocas] façam a parte deles, já fizemos a nossa. O importante é a gente. Fizemos o nosso papel, que era vencer a Copa do Brasil e nos livrarmos do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Agora é com eles”, disse o zagueiro Samir.
“De todos os times, o Flamengo era o que o torcedor carioca menos acreditava. Foi chegando, chegando e aos poucos conseguiu o título”, analisou o atacante Hernane.
E a rotina de trabalho nem de longe lembra a daquele 3 de dezembro de 2012. Em ritmo de férias, o Flamengo só voltará aos treinos na próxima quarta, quando inicia a preparação para o jogo de sábado, contra o Cruzeiro – o último de uma temporada que começou conturbada e surpreendentemente termina tranquila.
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