Crítico de Ronaldinho vive drama com pais em campo de refugiados
Vivien Mabide ‘causou’ no Mundial de Clubes. Sem papas na língua criticou Ronaldinho Gaúcho sem pudor. Disse que ele não era mais o mesmo dos tempos de Barcelona e atuava só ‘no nome’.
Ronaldinho não titubeou e respondeu à altura. “Se falar fosse bom... então vamos jogar”. O desafio estava lançado.
Com menos nome, fama e títulos, Mabide levou a melhor e sorriu por último com a vitória do Raja Casablanca por 3 a 1 sobre o Atlético-MG que classificou os marroquinos para a final do Mundial de Clubes. De quebra, ele marcou o terceiro gol do triunfo. Não poderia ser mais perfeito.
Sem querer tripudiar em cima de Ronaldo, o atleta adotou um discurso mais ‘padronizado’ e disse que o meia é um grande jogador. “Estou muito satisfeito por essa classificação, pelo gol na final, pela história que fizemos no Marrocos. Hoje foi nossa vez. Espero ganhar o título. Somos finalistas da Copa do Mundo de Clubes. Estou muito, muito feliz no Raja”, disse.
Quem vê a ousadia de Madibe nem imagina as dificuldades e os dramas que tem em sua vida.O pais de Vivien estão refugiados no interior da República Centro Africana, um dos países mais pobre do mundo.
A República Centro-Africana está em conflito desde que a coalizão rebelde Seleka, que em sua maioria é muçulmana, derrubou o presidente François Bozizé no último mês de março. O governo de transição perdeu o controle do país. Assim, grupos rivais, cristãos e muçulmanos iniciaram uma série de confrontos extremamente violentos.
A batalha de milícias tem causado mortes e grandes deslocamentos urbanos. No balanço mais recente da ONU, havia mais de 600 mortos em todo o país.
“Para mim, é muito, muito, muito difícil. É difícil, mas é meu trabalho. Faço todos os esforços, enquanto acontecem essas coisas em meu país, essa situação com meus pais, meus amigos. Minha mãe e meu irmão são refugiados. Faço todos meus esforços por eles. Dedicamos essa vitória a todos os africanos”.
Apesar dos problemas, ele diz que a família se esforça para vê-lo em campo. “As condições no meu país são difíceis. Lá, sei que assistem aos jogos, falam de mim, ficam contentes. Agradeço muito a torcida deles”.
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