Raja abusa do ofurô para recuperar jogadores e detona regulamento da Fifa
O Raja Casablanca vem fazendo uma campanha histórica no Mundial de Clubes ao chegar à final da competição, mas nem assim está satisfeito. O time está preocupado com a condição física de seus jogadores, que disputaram três jogos em uma semana, e detonou o regulamento da Fifa.
Para recuperar o time da maratona, todo esforço é válido. Os atletas abusaram da massagem e do ofurô, já que não conseguiram descansar como deveriam pelo grande número de entrevistas que concederam no dia seguinte do triunfo.
“Eles estão muito cansados. Exaustos. Tem que fazer muita massagem, ficar no ofurô e descansar muito. Não é fácil aguentar o ritmo que eles vêm levando. A sorte é que fizemos uma pré-temporada forte com jogos contra grandes equipes da Europa como o Nice, da França”, disse o auxiliar-técnico Hafid Abdessadik.
O Raja estreou no Mundial em uma quarta-feira no dia 11 de dezembro contra o Auckland City. Venceu por 2 a 1, o que o credenciou a enfrentar os mexicanos do Monterrey no sábado, dia 18. O confronto foi feliz com uma vitória suada também por 2 a 1, mas extremamente desgastante, já que a partida foi parar na prorrogação na cidade de Agadir.
Quatro dias depois, o time estava novamente no estádio para disputar a semifinal da competição contra o Atlético-MG. Apesar do cansaço, não mediu esforços em campo. Jogou com velocidade, explorou os contra-ataques e correu. Correu muito. O resultado foi o melhor possível com o triunfo por 3 a 1, mas no dia seguinte o corpo reclama.
Abdessadik também ressalta que os atletas do Raja não estão acostumados a um ritmo tão intenso. Segundo ele, a equipe não está acostumada a um calendário tão apertado quanto o europeu. Tampouco tem a mesma estrutura e condição financeira se comparada ao Bayern de Munique e ao Atlético-MG, por exemplo.
Mas a bronca de Abdessadik é com a Fifa. Ele considera injusto o regulamento que dá vantagem ao campeão europeu e sul-americano por já entrarem na semifinal, enquanto os representantes da Oceania, África e Ásia precisam travar batalhas em jogos preliminares.
Em sua visão, foi o regulamento que levou a equipe do Raja ao limite. “Eu acho que todos deveriam ter igualdade de condições. Dessa forma é muito injusto. Todos os campeões continentais são campeões. O campeão da África tem que ser tratado da mesma forma que o europeu ou o sul-americano é tratado. O representante do país também tem esse direito”.
Ele ainda citou o modelo do Mundial de Clubes de 2000, vencido pelo Corinthians em uma final contra o Vasco, como ideal. “É um absurdo. Em 2000, quando o torneio foi disputado no Brasil, era muito melhor. Porque eram dois grupos de quatro, então cada um tinha três jogos a fazer. Existiam igualdade de condições. Aqui não”, afirmou.
Auxiliar-técnico do Raja considera injusto e critica regulamento da Fifa
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