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Dificuldade como visitante é desafio para Atlético-MG já no início de 2014

Do UOL, em Belo Horizonte

29/12/2013 06h00

Atuar longe do ‘Caldeirão do Independência’ foi fator de dificuldade para o Atlético-MG durante a temporada de 2013. Com a chegada de Paulo Autuori, o substituto de Cuca, a torcida espera que o time melhore neste quesito. Os dois primeiros jogos do alvinegro mineiro serão fora de casa, quando a ‘nova equipe’ atleticana terá a oportunidade de superar a fama de time caseiro.

A estreia na temporada será em Sete Lagoas, em 26 de janeiro, contra o Minas Futebol, pelo Campeonato Mineiro, duelo em que o Atlético-MG terá um time alternativo em campo, já que os jogadores que ficaram em terceiro lugar no Mundial de Clubes, no Marrocos, só voltam da férias no dia 20. 

Apesar de ser fora do Independência, a Arena do Jacaré já foi a casa do time atleticano, quando o estádio do Horto e o Mineirão estavam fechados para reforma, até 2012. Mesmo com o alvinegro mineiro atuando com uma equipe alternativa, a expectativa de público é grande e o Atlético terá torcida maior do que a do rival.

O teste mais difícil, no começo da temporada, deverá ser na estreia da Libertadores. O time comandado por Paulo Autuori jogará na Venezuela, no dia 4 de fevereiro, contra o Zamora. O clube mineiro enfrentará um campo pequeno, o estádio Agustín Tovar, que tem capacidade para 28 mil pessoas, pouco maior que o Independência.

Durante a campanha do título da Libertadores, em 2013, atuar fora de Belo Horizonte não foi fácil para o Atlético. O clube conseguiu três vitórias, sendo duas na fase de grupos, contra o Arsenal, em Sarandí e o The Strongest, na altitude da Bolívia.

A outra vitória fora veio nas oitavas de final, contra o São Paulo, no Morumbi, de virada, por 2 a 1. Porém, a partir das quartas de final, o time de Cuca não mais venceu como visitante: empatou com o Tijuana, em 2 a 2, no México, e perdeu por 2 a 0 para Newells Old Boys, na semifinal e o Olímpia, na final. No total, em sete jogos nessa situação, venceu três, perdeu três e empatou uma.

Ainda na edição da Libertadores de 2014, o time atleticano voltará ao Paraguai, para enfrentar o Nacional. O estádio em que a equipe paraguaia mandará seus jogos ainda está indefinido. A tendência é que a equipe siga mandando seus jogos no estádio Nícolas Leoz, campo do Libertad, que é ainda mais acanhado.

A outra partida longe de Belo Horizonte na fase de grupo da Libertadores acontecerá em estádio de maior capacidade. O confronto será contra o vencedor do confronto entre Independente Santa Fé e Monarcas Morelia, válido pela chamada pré-Libertadores. Caso o classificado seja o time colombiano, o Atlético enfrentará a altitude de 2.640 metros no El Campín, que comporta até 36 mil pessoas. Se o clube venezuelano passar, o palco terá capacidade para 41 mil torcedores.

Nas edições da Libertadores, os quatro possíveis adversários mostram que vivem situação parecida com a do Atlético, quando são melhores em jogos como mandantes. O Morelia tem aproveitamento de 50%, contra 44,96% do Caracas, 53,50% do Nacional e 68,91% do Santa Fé.

Ao longo do Brasileirão, a campanha atleticana longe do seu torcedor foi ainda pior. O alvinegro mineiro terminou o torneio com apenas duas vitórias, sete empates e sofreu dez derrotas longe de Belo Horizonte.

No Mundial de Clubes, no Marrocos, a dificuldade como visitante também ficou clara, na partida que fez contra o Raja Casablanca, time da casa e que atuou com apoio do seu torcedor, sendo bastante superior e saiu de campo com a vitória por 3 a 1.