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Torcidas organizadas do Cruzeiro promovem ato para selar a paz

Dionizio Oliveira

Do UOL, em Belo Horizonte

06/01/2014 16h52

No dia da reapresentação do elenco celeste, membros das torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente estiveram na porta da Toca da Raposa II para fazer um ato pela paz entre as duas torcidas. Segundo líderes das facções, a ação, com bandeiras das duas torcidas lado a lado, é para mostrar o bom clima entre as elas.

“É uma ação para selar a paz, acabar com essas confusões que vem acontecendo. A gente reconhece a nossa parcela de culpa pelo que aconteceu, mas nossa intenção é melhorar”, disse Robson, que integra a direção da Máfia Azul.

“A gente tem ciência de que isso é errado e prejudica o clube que a gente tanto ama e não queremos isso. A intenção é selar a paz e estar em perfeita harmonia em todo jogo”, acrescentou o torcedor.

Por causa do comportamento agressivo das torcidas no jogo da comemoração do título contra o Bahia, a festa organizada pelo Cruzeiro para o título brasileiro foi cancelada, e o clube corre risco de ser punido no STJD com perda de mando de campo.

Em discurso afinado, Leandro Luiz, um dos diretores da Pavilhão Independente que estiveram presentes na porta do CT, disse que a torcida já vem tomando atitudes mais severas em relação aos brigões. “Isso é para mostrar para a torcida, a diretoria, a imprensa, que esse trabalho (selar a paz) já vem sendo feito há algum tempo”, afirmou.

“Agora que estamos tomando atitudes mais drásticas contra alguns integrantes, porque essas brigas acabam queimando o filme da torcida. As duas torcidas sempre foram unidas, o que causa problemas são apenas alguns integrantes”, acrescentou.

Apesar da manifestação de paz, os poucos torcedores que estiveram no local ficaram apenas do lado de fora da Toca da Raposa II e não tiveram acesso ao centro de treinamento. O presidente Gilvan de Pinho Tavares tem fechado o cerco contra as organizadas e já proibiu a utilização da marca do Cruzeiro pelas torcidas.