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Brasileiros viram exemplo da força da religião nos gramados franceses

Do UOL, em São Paulo

09/01/2014 19h55

A relação entre alguns jogadores sul-americanos e a religião, principalmente na França, foi destaque no documentário Jesus Futebol Clube, produzido pela emissora francesa Canal +. O programa expõe como pensam diversos atletas, principalmente os com passagem pelo PSG, e contém trechos polêmicos. Em um deles, o zagueiro brasileiro Alex, que atua na equipe da capital, condena a homossexualidade e diz que “Deus não criou Adão e Ivo”. A declaração, inclusive, foi duramente rebatida por outro jogador, o inglês Joey Barton.

Alex é o personagem mais presente e, ao longo do documentário, repete frases ditas em pregações, como quando menciona: “Deus segurou na minha mão e consegui”, em alusão à recuperação de uma infecção que colocou em risco a sua carreira depois de uma cirurgia no joelho, ainda quando atuava no Chelsea, da Inglaterra.

A situação do Paris Saint-Germain é bastante explorada no documentário porque o time tem sete religiosos fervorosos no time titular. Hoje no Cruzeiro, Ceará foi uma espécie de mentor e criador da ala evangélica no grupo do PSG, clube que defendeu entre 2007 e 2012. Neste período, batizou o volante Matuidi. De volta ao Brasil, cumpre jornada dupla em Belo Horizonte e, depois dos treinamentos, trabalha como pastor. “Sou contra o divórcio e o aborto”, disse no documentário.
 
Lucas fez o caminho inverso e agradece a ajuda recebida de Alex. O atacante comentou o comportamento e a ajuda recebida do zagueiro, que “herdou” de Ceará o posto de líder religioso no vestiário. “Eu sou muito grato a ele e aos outros brasileiros que tem no clube, pois isso facilitou muito minha adaptação. São pessoas do bem.”

O capitão do PSG também faz parte da ala religiosa do clube. Thiago Silva disse que, em certos momentos, parece não ter forças, mas depois de uma oração se redobra no gramado. Ele citou uma passagem que fez aumentar sua fé. “Depois da minha doença na Rússia, corri risco de morte, corri risco de não estar mais aqui. Minha vida deu uma reviravolta e,depois daquela doença, passei a ser considerado um dos melhores zagueiros do mundo”.

Um dos principais nomes relacionados ao futebol e religião é o de Kaká. Atleta de Cristo desde o início da carreira, o jogador reafirmou no documentário que ele e a mulher casaram virgem por convicções espirituais. “As pessoas acham que fomos manipulados, mas digo que sei muito bem o que esta opção representa na minha vida pessoal e no meu casamento.”

Mas a rede de atletas de Cristo não se restringe a brasileiros. Também há o uruguaio Cavani e o colombiano Radamel Falcao Garcia. O colombiano, inclusive, aparece pregando, em imagens de 2008.