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Napoli repete negociação agressiva e pisa no calo de grandes paulistas

Do UOL, em São Paulo

13/01/2014 06h00

No começo de 2013, após a saída de Lucas, o São Paulo elegeu Eduardo Vargas, que defendia o Napoli, como a reposição ideal. As negociações com o clube italiano, entretanto, irritaram profundamente o presidente são paulino Juvenal Juvêncio, que reclamou de leilão, cláusulas abusivas e mudança nas exigências, desistindo do negócio.

“Fizeram um leilão, e chegamos em um limite que não dava mais. E com a possibilidade de o jogador ir embora se tivesse uma proposta de fora durante a janela de transferências. Aí chegou ao nosso limite, e encerramos a negociação” disse o mandatário, na época.

Vargas acabou indo para o Grêmio, clube pelo qual disputou um bom Campeonato Brasileiro. No começo de 2014, o clube do Morumbi voltou à carga, com a companhia do rival Santos. Após o começo das negociações, a postura italiana começou a se repetir.

O São Paulo, desde o início, viu o negócio com muita dificuldade. A razão é a mesma que emperrou as negociações no ano passado: o valor pelo empréstimo é considerado alto, e o clube italiano quer a prerrogativa de negociar o atleta, sem ressarcimento, em caso de uma proposta de compra em definitivo durante a vigência do empréstimo.

O Santos optou por insistir nas conversas para ter o jogador, mas o comportamento dos italianos na negociação já está levando à loucura a cúpula do alvinegro da baixada. Dirigentes relatam falta de clareza nas exigências, mudanças repentinas de cláusulas,  prazos. Além disso, há problemas internos de comunicação e organização dentro da própria diretoria do Napoli. O negócio tampouco é barato, e custará ao Santos cerca de R$ 3 milhões, por um ano.

Caso a situação se resolva, Vargas chegaria para fazer companhia à contratação mais cara da história do futebol, Leandro Damião, e concorreria com Thiago Ribeiro por uma vaga no ataque santista. Alternativamente, o treinador Oswaldo de Oliveira pode optar por armar a equipe com três atacantes, com Vargas e Thiago abertos e Damião centralizado.

No São Paulo, destino improvável, viria para suprir uma flagrante carência no setor ofensivo. Luis Fabiano não teve regularidade em 2013, e Osvaldo teve um péssimo segundo semestre. Aloísio, destaque no final do ano, foi vendido para a China.

Os clubes estreiam no Paulistão no próximo final de semana: o Santos recebe o XV de Piracicaba na Vila Belmiro, no sábado. O São Paulo joga no domingo, em Bragança Paulista, contra o Bragantino.

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