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Cruzeiro é absolvido pelo STJD por briga no Mineirão em jogo com o Bahia

Do UOL, em Belo Horizonte

15/01/2014 18h37

O Cruzeiro foi absolvido por causa da briga dentro do Mineirão, durante o jogo de entrega da taça de campeão brasileiro, contra o Bahia, em longo julgamento realizado nesta quarta-feira, pela 3ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A audiência contou com a participação do presidente Gilvan de Pinho Tavares, que é advogado e que, durante cerca de uma hora,revelou medidas restritivas às torcidas organizadas adotadas pelo clube.

A Procuradoria do STJD decidiu retirar  a denúncia da briga de fora do Mineirão, que resultou no cancelamento da festa programada para comemorar o título brasileiro e que teria show de axé, trio elétrico e distribuição de cerveja. O clube foi julgado pela briga dentro do estádio e conseguiu comprovar que o problema foi por causa de um torcedor que mexeu com a mulher de outro. Além disso, provou que a polícia agiu rapidamente.

O Cruzeiro estava enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que cita "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto". O clube celeste correu risco de perder até 10 mandos de jogo, que é a pena máxima prevista. Inicialmente, o julgamento aconteceria em dezembro, mas foi adiado para o começo deste ano.

Durante o jogo,vencido pelo Bahia, por 2 a 1 e que marcava a comemoração pela conquista do tricampeonato brasileiro, houve uma briga, com torcedor ferido. Mas, os principais atos de violência ocorreram logo após a partida.

Porém, do lado de fora do estádio, integrantes de duas torcidas organizadas, Máfia Azul e Pavilhão Independente, se confrontaram e transformaram as ruas ao redor do Mineirão em verdadeira praça de guerra. Por conta da confusão, a festa foi cancelada pela diretoria celeste, que desde então cortou os laços com as organizadas. De acordo com o STJD, esse caso não pode ser julgado no âmbito esportivo.

Em sua demorada exposição, Gilvan Tavares informou aos auditores, que medida aprovada pelo Conselho Deliberativo do Cruzeiro, proibiu uso da marca e do nome do clube por todas as organizadas. O mandatário está agindo para impedir a entrada dos torcedores com materiais de todas as torcidas organizadas que fazem referência ao clube nos jogos do Cruzeiro.

O Cruzeiro foi punido, no ano passado, por conta de uma briga de seus torcedores no clássico contra o rival Atlético-MG, no Independência. Em função disso, o clube jogou contra a Ponte Preta em Uberlândia, durante o Brasileirão do ano passado e terá que atuar longe de Belo Horizonte na primeira partida da próxima edição da competição. Se for punido novamente, o clube também cumprirá a pena somente no início do Nacional.