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Justiça livra jogador brasileiro de contrato que cedia herança a dirigente

Das agências internacionais, em Zagreb (Croácia)

17/01/2014 14h40

O atacante Eduardo da Silva, que nasceu no Brasil e se naturalizou croata, conquistou uma vitória na Justiça da Croácia nesta sexta-feira contra o presidente do Dinamo Zagreb, seu ex-clube, que ainda pode recorrer da decisão.

O tribunal de primeira instância cancelou o polêmico contrato assinado em 2004 que exigia que o atacante repasse 20% do valor de futuras transferências para Zdravko Mamic, presidente do Dinamo, até o fim de sua carreira. Mamic também herdaria todo o dinheiro de Eduardo da Silva em caso de morte do jogador, que classificou o documento de “imoral e escravista”.

A nova decisão do tribunal afirma que o contrato é abusivo. O atacante já contou, anos atrás, que assinou o documento numa época em que não entendia bem o idioma croata. Segundo o atleta, ele só foi descobrir o teor do contrato quando foi atuar pelo Arsenal, em 2007.

Uma decisão contrária ao jogador de 2011, revertida agora, obrigava Eduardo da Silva a pagar 730 mil euros ao dirigente. O atacante teve bens confiscados na ocasião, que deverão ser devolvidos, e receberá 24 mil euros como compensação financeira.

O advogado do jogador considerou a sentença “boa para os esportistas, que precisam ser protegidos de contratos que o coloquem nessa dependência permanente”.

Em 2007, Eduardo da Silva trocou o Dinamo Zagreb pelo Arsenal por 12 milhões de euros. Três anos depois, deixou o clube inglês rumo ao Shakhtar Donetsk, que pagou 7,5 milhões de euros pela negociação.