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Polícia investiga sumiço de motorista de time do DF; clube contesta WO

Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

18/01/2014 20h50

A Polícia do Distrito Federal informou que está investigando o caso do sumiço do motorista de ônibus do Bosque Formosa, que perdeu uma partida por WO para o Brasília na manhã deste sábado (18), no Serejão, na primeira rodada do Campeonato Brasiliense.

O Bosque Formosa não chegou a tempo do jogo do estádio de Taguatinga porque foi pega de surpresa com o sumiço do motorista, e do ônibus, que continha todo o material esportivo do clube. A partida seria disputada às 10h, e o clube percebeu a ausência do ônibus logo pela manhã.

Segundo o 12º DP de Taguatinga, onde o caso foi registrado, os policiais trabalham com a hipótese de desaparecimento simples ou de crime. Proprietário do ônibus, Gilberto França disse não acreditar que o motorista tenha furtado o veículo e teme que ele tenha sido vítima de algum crime.

“O nome do motorista é Charles Amâncio Vieira, tem 33 anos. Ele é motorista aqui na cidade, é conhecido. As referências eram boas e ele não tem passagem pela polícia. Na verdade, não estou preocupado com o ônibus, estou preocupado com a vida dele. Se o ônibus não aparecer, fazer o quê? Mas é a vida do cara que está em jogo”, afirmou França em contato com o UOL Esporte.

Segundo ele, o ônibus é um Marcopolo ano 1991, branco, com para-choque pintado na cor azul metálica, e está em bom estado. A placa é BWC 7333.

De acordo com Eli Carlos, diretor de futebol do Formosa, o último contato com o motorista foi feito na sexta-feira à noite. Ele ficaria no mesmo quarto de hotel de Eli Carlos, mas informou que ainda procurava uma vaga para deixar o ônibus no hotel, que estava cheio de carros.

“Pensei que ele tinha dormido no ônibus e saí para procurá-lo por volta das 7h30, mas não encontrei. O hotel alega que também não viu nada, daí fui na polícia registrar o B.O.”, contou o dirigente ao UOL Esporte.

Clube contesta WO

O presidente do Formosa, Cassiano Cacildo, informou que vai contestar o WO sofrido pelo time na estreia no Estadual. “Não tem como o tribunal não rever isso, o árbitro deu 30 minutos de tolerância e deu por encerrado quando faltavam cinco minutos, daí colocou na súmula que o time não entrou em campo”, relatou Cacildo.

“Isso que aconteceu com o motorista mexeu com o psicológico de todo mundo. Não tem como caracterizar WO, nós fomos vítimas de um crime, o tribunal tem que entender isso e a federação deveria ter visto isso antes de o árbitro entrar em campo. E o horário das 10h não é legal”, concluiu.