Topo

Portuguesa dá versão ao Ministério Público e bane advogado do caso Heverton

Guilherme Costa

Do UOL, em São Paulo

22/01/2014 17h53

Representada pelo presidente Ilídio Lico e pelo vice jurídico Orlando Cordeiro de Barros, a Portuguesa deu a sua versão sobre o caso Heverton ao Ministério Público em audiência realizada nesta quarta-feira. Ao deixar o encontro, Barros fez que questão de deixar claro que não trabalhará mais com o advogado Osvaldo Sestário, acusado de erro pela cúpula do clube ao não relatar a suspensão do jogador.

“Enquanto eu estiver envolvido com o departamento jurídico, eu decido quem trabalha comigo. Ele não trabalha mais. O Valdir (Rocha. diretor jurídico e a quem Sestário afirma ter informado da suspensão) é funcionário do clube e está lá. Se eu tiver convencido de que errou, também pode sair, mas não vou apontar o dedo para ninguém agora”, afirmou.

Apesar do afastamento de Sestário, o dirigente afirmou que o encontro com o promotor Roberto Senise não tratou especificamente da questão de ter havido ou não ligação do advogado para informar a suspensão à Portuguesa.

“Não discutimos isso, o que estamos discutindo é a correção de um julgamento equivocado, e a legalidade disso. Recebi 100 ligações hoje, 90 foram para caixa postal e não deixaram recado. O fato de o Sestário ter ligado não pode dar margem a conjecturas, tem que ter muita cautela. A discussão não foi sobre a ligação, foi sobre a legalidade da pena", disse.

O vice-presidente também deixou claro que o clube não irá mais correr atrás de ajuda financeira da CBF, nem da Federação Paulista, após a oferta da entidade máxima do futebol de condicionar os recursos à desistência de lutar para permanecer na Série A.

“Pedimos um adiantamento, mas o contrato não é bom para o clube. Não vou comentar mais, mas houve uma imposição inaceitável. Como aconteceu de a Portuguesa pedir um adiantamento e recebeu a proposta não tem mais clima (para aceitar o dinheiro)” afirmou. “A FPF tem que defender a legalidade, não proteger ou ajudar. Não espero apoio de ninguém. Uma pressão enorme, e o trabalho da nossa gestão começa tumultuado. Somos o único clube que não está na Série A, nem na Série B e não tem dinheiro", finalizou.