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Indagado sobre caso Neymar, Valcke admite que mercado é 'zona cinzenta'

Vinícius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/01/2014 16h49

Questinado por jornalistas durante coletiva de imprensa após vistoria no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitiu que as trasnferências internacionais de jogadores de futebol são uma "zona cinzenta", na definição dele mesmo.

"Não sei se até o próximo ano haverá tempo de resolvermos isso, mas até o final de 2015 teremos uma solução", afirmou Valcke. Segundo ele, a Fifa estuda mecanismos para ter um maior controle e transparência nas transações.

O presidente do Barcelona, Sandro Rosell, apresentou uma carta de demissão à junta diretiva do clube nesta quinta-feira (23), segundo os jornais catalães Mundo Deportivo e Sport.

Clube e dirigente estão sendo investigados pela Justiça espanhola por supostas irregularidades na negociação com o Santos pela compra do atacante Neymar.

O Barcelona alega que pagou 57 milhões de euros para contratar Neymar (veja gráfico abaixo). Segundo apuração do jornal El Mundo, o brasileiro custou na realidade 95 milhões de euros, 38 milhões a mais que não foram justificados pelo clube.

Na quarta-feira, o juiz espanhol Pablo Ruz aceitou a denúncia apresentada pelo sócio do Barcelona Jordi Cases por delito de apropriação indébita de parte do valor da contratação de Neymar, caso que agora será investigado.

A denúncia envolve a suspeita no pagamento de 40 milhões de euros para a empresa N&N, propriedade do pai do jogador brasileiro. Em sua resolução Ruz, juiz da Audiência Nacional, disse não ver no momento "urgência ou necessidade" para chamar Rosell para prestar depoimento.