Depois de Tinga, Peru registra novo caso de racismo em campo

Depois do caso de racismo envolvendo Tinga, do Cruzeiro, o futebol peruano registrou uma nova ocorrência de preconceito em uma partida de futebol no último final de semana. Luis Advíncula, atleta do Sporting Cristal, foi vítima de racismo durante o jogo contra o León de Huánuco.

Gritos racistas voltados ao jogador, que havia marcado um gol no confronto, foram entoados nos minutos finais do jogo. Logo após o ocorrido, o árbitro ordenou que fosse anunciado nos alto-falantes do estádio que o racismo não é permitido em nenhum lugar do país, segundo o jornal peruano La Republica. A torcida do Sporting Cristal tentou partir para cima dos fãs da equipe rival, mas foi impedida pela polícia local.

O presidente do Sporting Cristal, Felipe Cantuarias, manifestou sua indignação com o caso no Twitter e disse que o clube apresentaria uma queixa à Associação Peruana de Futebol contra os torcedores que insultaram Advíncula.

"São pessoas idiotas que vão ao estádio para fazer insultos racistas quando há uma campanha para acabar com este problema. Não há problema em me insultar, mas não vou aceitar apelo ao racismo", disse Advíncula.

De acordo com o RPP Noticias, o presidente da Comissão de Justiça da Federação Peruana de Futebol, José Luis Noriega, explicou que o regulamento do órgão estabelece advertências e multas neste caso e indicou que o León de Huánuco pode receber sanções econômicas. “As autoridades do futebol peruano vão continuar nesta batalha que é humilhante, degradante e ofensiva. Por mais que o jogador tenha minimizado o ocorrido, temos que agir”, disse.

No dia 12 de fevereiro, Cruzeiro e Real Garcilaso se enfrentaram pela partida de estreia das duas equipes na Libertadores, quando os peruanos venceram por 2 a 1. Na ocasião, a torcida local proferiu insultos racistas ao volante Tinga, imitando sons e gestos de macaco a cada vez que ele encostava na bola.