Encontros escondidos: como é namorar as filhas de Luxa e tê-lo como chefe
Se conquistar a confiança do sogro é um dos itens importantes em um casal, imagine então se ele for o seu chefe. Pior ainda se for um comandante disciplinador e exigente. É essa situação que já foi vivenciada pelo ex-meio-campista Fabiano e pelo volante Maldonado. Ambos trabalharam com Vanderlei Luxemburgo na época em que eram genros do treinador.
Fabiano, que encerrou a carreira no ano passado, é casado há 15 anos com a filha de Luxemburgo chamada Vanessa e tem duas filhas; Fabiana, de 11 anos, e Vitória, de oito. Ele teve a experiência de ser comandado pelo sogro no Atlético-MG, em 2010. Além disso, foi atleta de Luxa na seleção brasileira entre 1998 e 2000. E nesse período é que começou seu namoro.
Diz que o curioso foi que tinha receio de contar para o chefe que estava namorando a filha. Só fez isso depois de ser encorajado pelo meio-campista Alex, atualmente no Coritiba. Em um amistoso da seleção em Cuiabá, o meia convenceu o companheiro de que era melhor saber de sua boca do que pela de outros.
“Passei seis meses namorando escondido. Comentei com o Alex que eu estava em uma situação difícil e precisava compartilhar com ele. Falei ´estou namorando a filha do Vanderlei e ele não sabe´. E ele disse: ´você é maluco, está louco. Fala logo antes que ele fique sabendo pela imprensa´”, lembrou o ex-jogador.
Com muito receio, se dirigiu ao técnico depois de um treinamento e falou o que acontecia. Foram segundos de suspense até ver a reação do sogro comandante. “Chamei ele em um canto e falei ´está acontecendo uma situação aí e estou namorando sua filha´”, comentou. O papo, no entanto, durou poucos segundos.
“Ele olhou e falou: ´eu te conheço, sei quem você é e peço respeito e transparência daqui para frente. Você corre e faz seu trabalho normalmente´. Eu falei que tudo bem. Continuamos a namorar e hoje estou casado há 15 anos.”
Sobre trabalhar no dia a dia sendo genro do chefe, Fabiano diz que o maior problema era com os companheiros, que esperavam dele uma informação extra, de bastidor, sobre as decisões do técnico. Receber ordens do pai de sua mulher era tranquilo, segundo o ex-jogador.
“As brincadeiras sempre existiam. De repente, ele estava mal-humorado e o pessoal ficava vindo perguntar pra mim o que aconteceu e se ele tinha algum problema em casa. Eu dizia que não sabia. Você tem o grau de parentesco e não tem como esconder”, desabafou.
Maldonado, atualmente sem clube, passou por situação semelhante. Hoje não está mais com Vanusa, filha de Luxemburgo, mas a namorou por três anos, inclusive quando trabalhou com treinador no Cruzeiro, em 2003, e no Santos, em 2004.
O chileno endossou as palavras de Fabiano e diz que muitas vezes era alvo de brincadeiras por ser um “espião” no elenco. “O pessoal sempre falava que o Luxa comentava algo só pra mim e não pra eles, e saiam comentários. Mas eu levava na boa, era tranquilo”, disse.
Ele diz, no entanto, que era uma sensação embaraçosa chegar na casa da namorada e dar de cara com o chefe. “Era engraçado, porque você treinava junto, com seriedade, e depois se encontrava à noite como namorado e sogro. Era uma situação engraçada”, finalizou.
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