Dilma diz que Bellini inspirou brasileiros a "superar adversidades"
Dilma Rousseff se manifestou nesta sexta-feira sobre a morte de Bellini, capitão da seleção brasileira na conquista da Copa do Mundo de 1958. Via Twitter, a presidente do Brasil afirmou que o ex-jogador ajudou os brasileiros a superarem as adversidades.
"O Brasil perdeu ontem um ícone do seu futebol com a morte do lendário #Bellini, capitão da #SeleçãoBrasileira em seu 1º título mundial. #Bellini conquistou para sempre um lugar no coração de cada brasileiro ao levantar com as duas mãos a taça da Copa em 1958. O gesto, repetido a cada vitória nossa nos mundiais, fizeram de #Bellini um ícone da força dos brasileiros em superar as adversidades", escreveu Dilma na sua conta da rede social.
O ex-jogador da seleção brasileira morreu na última quinta-feira em decorrência de complicações causadas por parada cardíaca. Capitão na conquista da Copa do Mundo de 1958, Bellini, de 83 anos, também sofria de Mal de Alzheimer em estado avançado. Ele havia sido internado em 18 de março no hospital Nove de Julho, em São Paulo, mas não resistiu aos problemas respiratórios que teve.
O velório de Bellini acontece no Salão Nobre do Estádio do Morumbi, na capital paulista, nesta quinta-feira. Na sequência, por volta das 15h, o ex-jogador seguirá para Itapira, onde será enterrado no Cemitério Municipal da cidade, que fica a 170 km da capital.
O primeiro a levantar a taça
Nascido em Itapira em 1930, o capitão da seleção em 1958 imortalizou o gesto de levantar o troféu após conquista em campo. "Não foi nada programado", disse, posteriormente. "Os fotógrafos pediram que eu levantasse a taça."
Esse foi o primeiro Mundial do zagueiro, que voltaria a ser campeão com a seleção no Mundial de 1962, no Chile; nesta Copa, ele foi reserva. O capitão era o titular da zaga Mauro Ramos de Oliveira.
Bellini disputou sua última Copa em 1966, quando jogou as duas primeiras partidas da seleção que acabaria eliminada com uma derrota para Portugal.
Nos clubes, Bellini fez história como zagueiro do Vasco entre 1952 e 1962, conquistando três Campeonatos Cariocas (1952, 1956 e 1958) e um Torneio Rio-São Paulo (1958). Depois, foi para o São Paulo, onde atuou por 1962 e 1968 e substituiu Mauro Ramos como ídolo da defesa são-paulina. Ele se aposentou no Atlético Paranaense, em 1969.
Em virtude do Mal de Alzheimer, Bellini se distanciou dos amigos de Itapira. Seus últimos anos de vida foram em uma residência em São Paulo.
"Já tinha muito tempo que o Bellini enfrentava essa doença. Era uma pena, porque era um ouro de pessoa. Ele se afastou porque já não conhecia mais as pessoas", relembra Flávio Boretti, ex-presidente do Itapirense e amigo de Bellini.
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