Cícero recua, evita cobranças sobre salário e diz que cumprirá contrato
O meia Cícero mudou sua postura em relação às cobranças de aumento salarial. O jogador, que precisou ser convencido a entrar em campo pelo técnico Oswaldo de Oliveira no início desta temporada, evitou mais polêmicas sobre o tema nesta quinta-feira, no CT Rei Pelé, em sua primeira entrevista coletiva neste ano. O camisa 8 não comparecia a sala de imprensa desde que desabafou contra a diretoria santista em novembro do ano passado.
“Não quero tocar nesse assunto agora, porque botei na minha cabeça desde o começo do ano e vou focar no trabalho. Vou deixar acontecer, tenho contrato com o clube e estou cumprindo da melhor maneira possível, isso ninguém vai falar nada porque ajudo bastante”, afirmou Cícero.
“Não estou nem falando, entrando no assunto porque estou focado aqui, tenho contrato com o clube, tenho ajudado bastante, contrato nem quero conversar agora, Deus sabe o que faz, quando tiver que ser resolvido, vai ser”, completou.
A situação do jogador com a diretoria alvinegra continua indefinida. O UOL Esporte apurou que o camisa 8 rejeitou um aumento oferecido pelo Comitê Gestor de R$ 50 mil recentemente, pois não abre mão de receber "meio milhão" por mês (R$ 500 mil).
Cícero ganha atualmente R$ 350 mil mensais e passaria a receber R$ 400 mil. No entanto, o jogador e seu representante, o agente Eduardo Uram, não aceitaram o acordo. Os direitos do atleta pertencem ao empresário, mas ele está registrado no Tombense/MG.
Além dos R$ 500 mil mensais, o meia pretende estender seu contrato e, principalmente, vender parte de seus direitos econômicos. Ano passado, Cícero recebeu um reajuste de 25% no seu ordenado após receber uma proposta do Internacional.
A multa rescisória de Cícero com o Santos está avaliada em 6 milhões de euros (aproximadamente R$ 19 milhões). Como detém 50% dos direitos econômicos do volante, o clube exige que os representantes do atleta desembolsem os 3 milhões de euros (R$ 9 milhões) para liberá-lo.
Eduardo Uram ofereceu 2 milhões de euros (cerca de R$ 6 milhões) para tentar fechar o acordo, mas a diretoria não aceitou a proposta e propôs ao empresário que ele abra mão de sua parte para ajudar o jogador. Os dirigentes alegam que não partiu do clube o interesse de negociar Cícero.
Dentro de campo, Cícero não oferece problemas para o Santos, pelo contrário, o camisa 8 assumiu já assumiu a artilharia do time ao lado de Gabriel Barbosa e Geuvânio neste ano, com sete gols cada. Em 2013, ele já foi o goleador máximo do Santos, com 24 gols.
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