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Riquelme faz golaço, mas River vence na Bombonera depois de dez anos

Do UOL, em São Paulo

30/03/2014 20h42

Classificação e Jogos

O contrato de Riquelme vence no meio do ano e o Boca Juniors ainda não falou em renovação. Por isso, o jogo deste domingo (30) contra o River Plate poderia ser o último superclássico do craque.

Antes da partida, Riquelme foi cumprimentar o técnico adversário Ramón Díaz. Díaz disse para o meia: “Que não seja seu último clássico”. Juan Román Riquelme, então, provou por que, mesmo aos 35 anos, tem muito futebol para gastar. Mas não foi suficiente para impedir a vitória do rival.

O jogo valeu pela 10ª rodada do Torneio Final do Campeonato Argentino. Os dois times estavam no meio da tabela, mas com a vitória o River entrou na briga pela ponta.

 O Boca começou perdendo por 1 a 0, quando Juan Manuel Martínez sofreu falta perto da área e quase levou a Bombonera abaixo. O lateral do River Gabriel Mercado foi punido com cartão amarelo.

Era a bola perfeita para Riquelme se consagrar. Ele cobrou com perfeição, no ângulo, rente à trave, sem chances para o goleiro Barovero, e empatou a partida.

Mas nem o golaço do craque adiantou. O River voltou à frente no placar com gol de cabeça de Funes Mori. Foi a primeira vitória do River sobre o Boca na Bombonera em dez anos.

Depois do jogo, o capitão do River, Fernando Cavenaghi, admitiu a dificuldade em ganhar na Bombonera. "Não é fácil ganha neste estádio. Fazia dez anos que não conseguíamos", disse. 

Díaz elogiou a importância da disciplina tática da equipe. "Esta vitória veio no momento certo. O time foi taticamente inteligente. Bloqueamos (Fernando) Gago, que é o que mais joga. Temos que aproveitar, é uma alegria grande”, disse.

Ele também não poupou elogias a Riquelme. "Román tem muito mais para jogar. É um jogado que pode resolver assim", disse Díaz, falando do gol de falta do craque.

Segundo jornais argentinos, era esperada para esta rodada uma manifestação em memória da Guerra das Malvinas, que faz aniversário no dia 2 de abril. Mas a declaração de que as ilhas pertencem aos argentinos deve ficar para os próximos jogos.

O domingo não foi de manifestações políticas. A Argentina parou para ver futebol. Foi a rodada do superclássico, de Riquelme e do River.