Índio ergue taça, chora e ensaia adeus ao Inter na volta ao Beira-Rio
Jeremias Wernek
Do UOL, em Porto Alegre
06/04/2014 18h52
Com a bola rolando D’Alessandro foi o destaque, mas depois do apito final Índio ficou com este cargo na reabertura do Beira-Rio. O zagueiro ergueu uma taça comemorativa pela vitória em cima do Peñarol e chorou. As lágrimas são pela iminente saída em julho, ao final do contrato. Mesmo que a diretoria desconverse, Abel Braga pediu uma renovação.
“É muita emoção, nem consigo falar direito. Não tenho palavras para descrever o que estou sentido. É muita gratidão, muita”, disse o zagueiro.
Antes de falar, Índio deu uma volta olímpica. Com uma taça que parece a da Liga dos Campeões, recebeu o aplauso de todos os torcedores. De pé.
Presente em todos os títulos do clube na década, Índio tem vínculo até junho e a renovação não parece uma alternativa viável para os dirigentes. Mas que tratam com respeito o jogador.
“Nós vamos analisar com carinho, faltam três meses para o final do contrato”, disse Giovanni Luigi, presidente do Inter. “É atleta do Inter até a metade do ano e nem pensamos nisto”, comentou Marcelo Medeiros, vice-presidente de futebol.
Do outro lado, Abel Braga não quis adotar o mesmo discurso da direção. E abriu sua posição no caso: quer a renovação de contrato do zagueiro, titular nos dois títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes de 2006.
“Se depender de mim ele fica até o final do ano, não só até o final do contrato”, disse o treinador.