Aidar 'dobra' Juvenal, e cobertura do Morumbi será votada na eleição
O projeto de reforma do Morumbi será votado no dia 16 de abril no conselho deliberativo do São Paulo, juntamente com a eleição para presidente do clube. Durante reunião no clube no último final de semana, foi incluído no edital do pleito a aprovação do remodelamento do estádio que tem custo previsto de R$ 460 milhões. A votação da obra do estádio é uma sugestão do candidato de situação e favorito à presidência Carlos Miguel Aidar. A ideia não foi bem recebida por Juvenal Juvêncio no primeiro momento, mas aceita após o último fim de semana.
O objetivo de Aidar ao sugerir a votação do projeto no mesmo dia da eleição é impedir o veto da oposição, que conseguiu derrubar o contrato ao boicotar a votação no fim do ano passado. Assim, seria impossível para a oposição não aparecer e barrar o pleito por falta de quórum. Afinal, são necessários dois terços dos conselheiros para avaliar essa questão. Já está discriminado no edital que haverá uma reunião ordinária para a eleição presidencial e outra, extraordinária, para a aprovação da cobertura.
Opositores têm resistido a votar o projeto e já conseguiram barrar sua votação uma vez. A alegação era de que não tinham acesso às informações contratuais e do projeto de engenharia.
Para atendê-los, a diretoria são-paulina deixou os documentos do negócio em um escritório de advocacia grande da cidade, onde todos puderam acessar as informações.
O projeto foi elaborado para captar investidores por meio de um fundo que bancará todos os custos da reforma que envolve a construção de uma arena para shows. Em troca, o São Paulo cede os direitos sobre a exploração desse espaço de shows ao fundo. A estimativa é de que a reconstrução demore 18 meses.
Se o Conselho Deliberativo aprovar o projeto, ainda terá de haver mais um tempo para superar burocracias e botar o negócio em funcionamento.
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