Fracasso com Kardec faz Palmeiras temer perdas de Wesley e Juninho
O fracasso na tentativa de permanecer com Alan Kardec, que levou o atacante ao São Paulo, faz com que hoje a comissão técnica do Palmeiras tema que outros dois titulares sigam caminho parecido: o volante Wesley e o lateral esquerdo Juninho. O modelo de contratos por produtividade, adotado pela diretoria do presidente Paulo Nobre, é questionado.
A situação da dupla é diferente da que vivia Alan Kardec. O atacante estava emprestado pelo Benfica e dependia de uma negociação de transferência e aumento salarial para permanecer. Wesley e Juninho, diferentemente, pertencem ao Palmeiras. O contrato do volante se encerra no fim de fevereiro de 2015, e a partir de agosto ele já poderá negociar para sair de graça para outro clube. No caso do lateral, o mesmo pode acontecer já a partir de julho, pois o contrato se encerra no fim deste ano.
A avaliação da comissão técnica é que o time estava muito bem montado depois das contratações do início de ano, mas que não conseguirá brigar por títulos caso perca outras peças importantes como Alan Kardec. O objetivo, agora, é contratar um lateral direito e mais dois atacantes – Henrique, que disputou o Paulistão pela Portuguesa, foi apresentado nesta quinta-feira.
O que se questiona neste momento é o contrato por produtividade. A medida de Nobre, adotada para controlar gastos excessivos e que não se justificam no departamento de futebol atrapalha na hora de negociar. A expectativa é que Wesley e Juninho não aceitem renovar os contratos neste modelo.
O processo de negociação com Kardec também contou com tropeços internos do Palmeiras. O diretor-executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol Omar Feitosa fecharam a permanência do atacante por R$ 220 mil mensais. Nobre, mais tarde, não concordou e disse que só ofereceria R$ 200 mil. A atitude irritou o atacante e seu estafe, que foram ao mercado e encontraram no São Paulo o destino mais atraente.
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