Carlos Eduardo assina rescisão e já não é mais jogador do Flamengo
Do UOL, no Rio de Janeiro
14/05/2014 19h48
Carlos Eduardo já não é mais jogador do Flamengo. Seu contrato com o clube ia até o dia 30 de junho, mas o apoiador assinou sua rescisão nesta quarta-feira após o treinamento no Ninho do Urubu. Desprestigiado no Brasil, o jogador voltará ao Rubin Kazan-RUS, onde tem vínculo até 2018.
A situação já estava definida há algumas semanas, mas precisava de uma autorização do Rubin Kazan. O clube russo demorou a sinalizar ao empresário Jorge Machado se tinha o interesse em utilizar o atleta na próxima temporada e esse foi o motivo da demora da rescisão contratual com o Flamengo.
“Tenho contrato com o Rubin Kazan, o treinador lá já deu entrevista na semana passada que quer contar comigo. Vai ser bom, lá é mais tranquilo, conheço meus colegas, vou me sentir em casa de novo”, disse Carlos Eduardo, à Rádio Brasil.
A diretoria nunca escondeu a frustração com aquela que foi a principal contratação da temporada 2013. Ainda assim, o vice presidente de futebol do Flamengo, Wallim Vasconcellos, tentou minimizar o baixo rendimento de Carlos Eduardo.
“Aquele gol valeu os R$ 10 milhões”, disse, se referindo ao gol marcado contra o Cruzeiro, fora de casa, na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. “Utilizamos a vantagem no jogo de volta e fomos campeões na sequência. O ganho pelo título foi enorme. Ele nos ajudou, sim”, completou Wallim.
Anteriormente, Carlos Eduardo cogitou a possibilidade de seguir no futebol brasileiro ao tomar conhecimento do interesse do Coritiba. Mas a mágoa com o retorno ao país, principalmente pela forma como foi criticado pela torcida do Flamengo, esfriou o ânimo e definiu o retorno ao continente europeu.
Fora dos planos e deslocado no dia a dia rubro-negro, o jogador seguia treinando no CT Ninho do Urubu. Ele deixou de ser relacionado para as partidas e apenas aguardava a documentação para se despedir oficialmente do clube carioca.
Carlos Eduardo disputou 49 jogos com a camisa do Flamengo e marcou somente um gol durante a campanha que resultou no título da Copa do Brasil em 2013. A sua contratação foi bastante questionada pelo alto valor salarial - cerca de R$ 550 mil mensais - e baixo rendimento dentro das quatro linhas.
Com a saída do meia, a diretoria planeja usar a quantia para contratar um substituto no setor e também investir em duas posições: volante e lateral esquerdo. Por enquanto, o Rubro-negro apenas mapeia o mercado dá adeus daquele que tentou sem sucesso o estrelado no Rio de Janeiro.