Topo

Fim de parceria polêmica pode render lucro. Mas Botafogo não irá aos EUA

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/05/2014 06h07

O Botafogo surpreendeu ao fechar parceria com o TelexFree, em janeiro, quando a empresa já era proibida de operar no Brasil sob a acusação de pirâmide financeira. Alguns meses depois, a matriz no Estados Unidos declarou falência e fechou as portas. O Alvinegro não teve o que reclamar, pois já havia recebido o total de R$ 4 milhões antecipadamente. O clube de General Severiano já tirou a marca e espera fechar com um novo patrocinador para a camisa.

Por outro lado, o Botafogo perdeu uma oportunidade de realizar a intertemporada nos Estados Unidos. Desde que a parceria com a TelexFree foi firmada, as partes negociavam a possibilidade de o Alvinegro ficar alguns dias em Miami, na Flórida. Com a rescisão do contrato, o time de General Severiano, que ficará sem o campo anexo do Engenhão, deverá treinar no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), da Marinha, na Penha.

O período é visto como essencial pelo técnico Vagner Mancini para que os jogadores consigam o condicionamento físico ideal para o restante da temporada. O assunto foi até motivo de crítica do atual treinador com a antiga comissão técnica, que, segundo ele, não deixou os atletas no ponto ideal.

Crise financeira motivou rescisão

No último jogo, diante do Goiás, o Botafogo já foi a campo sem a TelexFree em sua camisa. No local, divulgou o “Sou Botafogo”, plano de sócio torcedores do clube. A diretoria já recebeu propostas de patrocínio para a barra inferior da camisa, mas apenas para jogos pontuais, o que não agrada. O objetivo é que o local seja ocupado até o fim do ano por uma quantia próxima aos R$ 2 milhões.

Essa possibilidade foi o principal motivo de o Botafogo realizar a rescisão de contrato com a TelexFree. Asfixiado financeiramente, o Alvinegro vê com bons olhos qualquer possibilidade de ganhar dinheiro. Atualmente, o clube deve dois meses de salário aos atletas