Abel: "quando penso no Fernandão, vejo ele sorrindo ou levantando uma taça"
Técnico que levou o Internacional ao título Mundial de 2006, Abel Braga lembrou sua relação com Fernandão, que morreu neste sábado em um acidente de helicóptero em Goiás, e principalmente a liderança que ele tinah como jogador.
O treinador, bastante emocionado e abatido, disse em entrevista ao Foz Sports que o atacante não precisava se impor sobre o restante dos atletas do elenco, já que consegui a atenção deles de forma natural.
"Ele marcava muito com isso. Mas nunca de forma imposta, era algo que ele conquistava. Tinha espirito de capacidade de saber o que representava. Ele marcava muito os colegas. É um cara que levantou tanta coisas no Inter, e nunca quis ser o protagonista. Esse era o Fernando", disse Abel, que hoje está novamente no comando da equipe gaúcha.
Ele ainda contou uma passagem em que Fernandão conversou com outro atleta do Inter que tinha se negado a dar um autógrafo a uma fã, sem, no entanto, mostrar qualquer arrogância que pudesse criar um clima ruim entre eles.
"Ele viu uma senhora pedir um autógrafo e o cara fechou o vidro do carro e foi embora. No dia seguinte, ele perguntou para o cara: 'Você sabe o que fez com aquele senhora?'. Sem alterar a voz, nem nada”, contou.
Abel também destacou a participação dele e de Fernandão na grande fase do Inter nos anos 2000, que levou o clube a um novo patamar, não só com o título Mundial, mas também com o crescimento da torcida e da importância da equipe.
“Eu sei da importância dessa década que vivemos no Inter. Foi uma década de muita força, muito trabalho para chegar onde o Inter está hoje, com um estádio maravilhoso e esse número de associados. Ele tem uma participação direta e está no coração de todos os colorados e tantos fãs brasileiros.”
Ele ainda recordou a última vez em que esteve com seu ex-atleta, na reinauguração do Beira-Rio, e que já tinha combinado um encontro em Goiás, onde Fernandão estava vivendo, quando o Inter fosse jogar lá.
“Falei com o Fernando na semana passada. Estávamos em uma ligação e marcamos de nos encontrar quando fôssemos jogar com o Goiás, em Goiânia. Mas estivemos na reinauguração do Beira-Rio, neste momento tão bonito, chegou o momento do Mundial, estávamos eu, ele, Gabiru, Clemer. Iríamos falar algo no microfone e vimos que era pouco para aquele momento. Ele virou e disse tínhamos que tirar o paletó, entrar rodando. Esse sorriso é o que eu guardo dele.”
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.