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Dirigente do Vasco alega que Fifa reprimiu ações com Alemanha e Argentina

O técnico da Argentina, Alejandro Sabella (c), recebe camisa do Vasco em São Januário - Matheus Alves/ Departamento de Comunicação - Vasco.com.br
O técnico da Argentina, Alejandro Sabella (c), recebe camisa do Vasco em São Januário Imagem: Matheus Alves/ Departamento de Comunicação - Vasco.com.br

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/07/2014 15h48

Pensando em divulgar a marca do clube, o Vasco tinha em mente a ideia de explorar publicitariamente ao máximo os treinos de Alemanha e Argentina em São Januário na véspera da decisão da Copa do Mundo, mas acabou se surpreendendo negativamente com a postura adotada pela Fifa e pelo COL nas atividades que aconteceram no estádio, de propriedade do Cruzmaltino, no último sábado.

Um dos principais objetivos do departamento de marketing vascaíno era entregar uma camisa oficial a Messi e colher um depoimento do craque argentino. Também se tinha como meta a elaboração de um vídeo, com perfil de “making off”, para que os torcedores pudessem acompanhar os bastidores da visita das seleções na TV do clube na internet. Ambas as situações, porém, teriam sido vetadas pelas autoridades.

“Eles (Fifa e COL) não nos deixaram andar no nosso estádio, era como se fôssemos intrusos. Não conseguimos fazer a divulgação da entrega das camisas, não tivemos acesso aos jogadores. Ficavam o tempo todo ameaçando que iam nos tirar do estádio, mesmo nós estando com credenciais. Só tinham diretores e funcionários do clube. O pessoal do COL dizia que era em nome da Fifa. Proibiam tudo. Não podíamos filmar nem o ônibus chegando. Foi um abuso! Nós cedemos o estádio e passamos por um constrangimento desse. Parecia algo pessoal”, declarou o vice de marketing, Victor Ferreira.

A postura pouca amistosa dos funcionários que trabalhavam na organização da Copa do Mundo neste dia contrastou com a que foi presenciada nas outras ocasiões onde seleções que disputaram o Mundial passaram por São Januário, casos de Colômbia, Uruguai e Equador.

Com o trio sul-americano, por exemplo, o Vasco teve acesso aos atletas e conseguiu dar camisas personalizadas ao craque colombiano James Rodriguez e aos goleiros uruguaios, pegando como gancho o arqueiro Martin Silva, titular do Cruzmaltino e representante do clube na competição.

“Foi só neste dia (dos treinos de Alemanha e Argentina). Antes foi  tranquilo. Tudo ocorreu dentro daquilo que havia sido acordado”, garante Victor.

Apesar da insatisfação com a situação, o Vasco conseguiu dar uma camisa oficial ao ex-atacante Bierhoff, diretor-técnico de seleções da Alemanha, e ao treinador da Argentina, Alejandro Sabella.