Andrés cobra Bom Senso FC por mudanças também para os jogadores de futebol
Criado em 2013 para reunir demandas de jogadores de futebol, o Bom Senso FC tem sido o principal porta-voz de atletas no Brasil. O grupo estabeleceu prioridades como calendário e adoção de práticas de fair-play financeiro, mas também adotou postura atuante em discussões como a lei de responsabilidades fiscal do esporte (LRFE). E nesta quinta-feira (07), esse comportamento foi criticado por Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians. O dirigente disse que o coletivo chegou atrasado a algumas discussões e que precisa olhar também para os contratos dos próprios jogadores.
“O jogador de futebol tem de discutir, mas precisa ser uma discussão ampla, que aborde todos os pontos. A legislação deles, por exemplo. Jogador de futebol é regido pela CLT, trabalha todo fim de semana, fica 30 dias concentrado, e aí vem uma minoria que muda de clube e entra na Justiça. O cidadão sai do Corinthians, vai para o Flamengo e depois vem cobrar. A reformulação tem de ser profunda”, cobrou Andrés em entrevista à “ESPN Brasil”.
A tese do ex-presidente do Corinthians é que jogadores de futebol devem ser submetidos a uma legislação específica, que não seja balizada pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
“Na CLT o cara pode ficar dois anos sem férias, ou então tirar 20 dias e vender o resto. Você tem de ter direitos trabalhistas diferenciados. É urgente rever as leis trabalhistas de todo o esporte do país”, disse o ex-mandatário do Corinthians.
A cobrança por uma legislação específica foi usada por Andrés como exemplo do quanto o debate no futebol precisa ser mais amplo. O dirigente também usou essa lógica ao comentar a LRFE, que podia ter sido votada na terça-feira, mas não entrou na pauta da Câmara dos Deputados – ainda não há um cronograma oficial, mas a expectativa de parlamentares é que o dispositivo entre na pauta apenas depois das eleições.
O Bom Senso FC é abertamente contrário à aprovação da lei nos moldes atuais. O grupo contesta aspectos como as contrapartidas e a falta de um ente regulador para o cumprimento do mecanismo.
“Eles chegaram atrasados na discussão”, sentenciou Andrés. “Eles querem punir o dirigente, mas eu digo ao Bom Senso que a punição já existe. O que tem de ter é punição técnica: se tem salário atrasado, o time tem de cair de divisão ou perder pontos”, completou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.