Após protestos anti Nobre, Allione diz: cobrança deve ser feita a jogadores

Augustín Allione, meia do Palmeiras, vê com normalidade os protestos na casa do presidente do clube, Paulo Nobre. O argentino afirmou que já viu isso acontecer no início de sua carreira, no seu país natal, com diferentes equipes e jogadores. Na sua opinião, no entanto, os principais cobrados deveriam ser os jogadores.

Na noite da última segunda-feira, cerca de 100 torcedores organizados se reuniram em frente ao estádio e foram a Cotia, na entrada do condomínio fechado do dirigente, para pedir mudanças na direção e gritar palavras de ordem.

"Na Argentina, é normal. A torcida vai muito na casa dos jogadores, vai na casa dos presidentes, já vi muito isso acontecer, apesar de nunca ter acontecido comigo. Mas eu acho que a torcida deveria estar tranquila. Os jogadores são os culpados disso tudo, porque estamos dentro de campo. Nós precisamos mudar essa história", disse o atleta.

Allione ainda afirmou que já entendeu a pressão que é jogar no Palmeiras e que não se assusta com a situação por ter certeza do poder de reação da equipe. Ele ainda usa uma situação parecida que viveu no Vélez Sarsfield para ter forças na reação.

"Em 2013, nós estávamos em uma situação muito difícil e depois nós reagimos e chegamos para disputar a final do campeonato contra o San Lorenzo. Já vivi isso com o Gareca e sei que vamos reagir", completou.

Para finalizar, mesmo sem ser perguntado de alguma briga, Allione tomou o microfone para negar que tenha presenciado uma discussão mais ríspida entre atletas após a derrota por 2 a 1 para o Atlético-MG no último domingo.

"Eu vi em redes sociais que tivemos discussão depois da partida e queremos dizer que é mentira. Os brasileiros nos receberam da melhor maneira possível, nós estamos nos sentindo em casa. Não tem problema algum de relacionamento. Às vezes, andamos mais entre argentinos apenas por causa da língua, mas nós estamos muito bem", finalizou.

O Palmeiras se reapresentou nesta terça-feira após a segunda-feira de folga. Ricardo Gareca, que estava na Argentina, já voltou a São Paulo e está trabalhando normalmente. Além do anúncio do argentino Cristaldo, a expectativa na semana fica por conta de Jorge Valdivia.

O chileno está treinando em dois turnos e tem a chance de voltar a jogar após o fracasso na negociação com o futebol dos Emirados Árabes. O desafio será o clássico contra o São Paulo, no domingo, no Estádio do Pacaembu.