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Inter nega boicote e vê cunho político em versão de Falcão sobre demissão

Ex-técnico e agora apresentador do Fox Sports reclamou de sua demissão em 2011 - Reprodução
Ex-técnico e agora apresentador do Fox Sports reclamou de sua demissão em 2011 Imagem: Reprodução

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

12/08/2014 17h00

O Internacional tratou como reflexo de sua disputa política interna as declarações de Paulo Roberto Falcão ao programa 'Roda Vida', da TV Cultura. Em entrevista à atração, o ex-jogador e atualmente apresentador da Fox Sports afirmou ter sofrido um boicote em 2011, quando foi treinador do clube gaúcho por três meses.

Pessoas próximas à alta cúpula do Inter atribuem o termo boicote ao conflito de correntes políticas do clube, que tem o ex-vice de futebol Roberto Siegmann em lado oposto ao presidente, ainda em exercício, Giovanni Luigi. A disputa seria reativada pela proximidade com a nova eleição presidencial, marcada para dezembro.

Responsável pela saída de Paulo Roberto Falcão em julho de 2011, e do então vice de futebol que virou desafeto público, Giovanni Luigi negou qualquer tipo de problema com Falcão.

“Temos que olhar para frente, não tomei conhecimento das declarações dele, mas não houve nada disso. Fizemos o que tinha que ser feito na oportunidade (em relação à demissão). Falcão é meu ídolo como jogador de futebol”, disse Luigi.

Em seu último dia no Beira-Rio, Falcão atacou diretamente Giovanni Luigi e disse que seu relacionamento com o dirigente era nulo. A posição foi reiterada diversas vezes nos últimos anos e nesta segunda-feira ganhou um novo capítulo.

“Houve um boicote absurdo do Internacional. Fiquei três meses só, foi um boicote absurdo”, disse em participação no programa 'Roda Viva'. “De todos os jogadores que pedi, o Internacional foi atrás depois que saí. Saí perto do quarto colocado e sem Oscar e outros jogadores importantes que voltariam na semana seguinte”, completou.

Falcão deixou o Inter logo após perder para o São Paulo, em Porto Alegre, por 3 a 0. Obtendo, no geral, 49% de aproveitamento em 19 partidas e com o time na sétima posição – quatro pontos atrás do G-4. Na bagagem levou o título do Gauchão, conquistado nos pênaltis diante do Grêmio, e a eliminação nas oitavas de final da Libertadores, para o Peñarol.