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Lenda urbana do futebol espanhol superou depressão e três meses de prisão

Juanele em ação pelo Zaragoza no Campeonato Espanhol de 2001/2002 - Firo Foto/ALLSPORT/Getty Images
Juanele em ação pelo Zaragoza no Campeonato Espanhol de 2001/2002 Imagem: Firo Foto/ALLSPORT/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

13/08/2014 06h00

Juan Castaño Quirós, ou simplesmente Juanele, foi considerado uma lenda urbana do futebol espanhol. E não é para menos. Em campo, era um meia ofensivo habilidoso. Fora dele, ficou conhecido por ser visto em diferentes festas numa mesma noite, um baladeiro “onipresente”. Ao pendurar as chuteiras, flertou com a morte e foi preso, mas se recuperou.

Juanele se destacou nos anos 90 e 2000 atuando por Sporting de Gijón, Tenerife e Zaragoza. Em 1994, foi convocado pela Espanha para a Copa do Mundo nos Estados Unidos, mas não disputou nenhum jogo. Segundo ele, tal opção resultado de uma injustiça do técnico Javier Clemente.

“Um dia saí do hotel para comprar sanduíches e batatas, e o Clemente me pegou. Não eram só para mim. Não fui para festas ou algo parecido. Clemente não era um mau treinador, mas comigo se confundiu”, disse Juanele há alguns dias pelo Twitter. O treinador respondeu e negou a versão do ex-jogador.

Em 1994, o ex-meia tinha 23 anos e já carregava a fama de assíduo frequentador de festas e eventos sociais. Em campo, ele conquistou duas vezes a Copa do Rei (2001 e 2004) pelo Zaragoza, time pelo qual teve sua última grande sequência. Depois disso, passou pelo pior momento de sua vida.

Juanele se aposentou em 2006 e entrou em depressão. Dois anos depois, abusou de remédios, foi parar na UTI e correu sério risco de morte. Conseguiu se recuperar, mas voltou a ter problemas, dessa vez com sua ex-mulher.

Após uma discussão, ficou irritado e tentou quebrar o retrovisor do carro dela. No entanto, atacou o carro de outra pessoa e, como já tinha uma acusação recente por uma briga em bar, foi preso. Ficou três meses recluso.

Agora tudo virou história, segundo Juanele. “As pessoas não são injustas, sempre fui bem tratado por todos. O que fiz de errado faria em qualquer lugar. Hoje aproveito a vida com meus filhos e minha família, sem prejudicar ninguém”.