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Corinthians usou pouco o efeito suspensivo de Petros. Entenda o motivo

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

12/09/2014 06h00

Petros recebeu uma suspensão de três partidas e, depois do jogo desta quinta, só poderá atuar daqui a 13 dias, perdendo confrontos importantes no caminho. Só que desde a agressão ao juiz do clássico, ele ficou fora de vários jogos por opção. Protagonista da maior confusão do Corinthians neste semestre, o volante não jogou quando estava liberado, e agora terá de ficar fora quando poderia estar em campo. O UOL Esporte explica.

O incidente envolvendo Petros e o juiz Raphael Claus aconteceu no jogo contra o Santos, em 10 de agosto. Petros foi julgado oito dias depois e pegou um gancho de 180 dias, mas foi liberado para jogar por um efeito suspensivo antes que chegasse a cumprir a primeira partida de suspensão.

De lá até agora, o Corinthians entrou em campo em sete oportunidades. Petros jogou os minutos finais do segundo jogo contra o Bragantino e foi titular contra Criciúma e Atlético-MG. Ficou fora, portanto, de quatro partidas do clube, mesmo podendo entrar em campo. O “gancho” foi aplicado por Mano Menezes, que vetou o volante estrategicamente.

Na avaliação do Corinthians, o caso de Petros gerou um efeito dominó. O volante foi condenado por uma agressão por trás a um árbitro. No entendimento do clube, isso poderia provocar uma revolta dos demais homens de preto contra a equipe, situação que seria mais intensa se o volante estivesse em campo.

Não é por acaso que foi justamente nesse período que o Corinthians subiu o tom contra as arbitragens. A primeira grande reclamação de Mano Menezes foi no jogo em casa contra o Bahia, imediatamente depois do clássico contra o Santos. Petros estava em campo, já que o julgamento ainda não tinha ocorrido. Depois de ver a atuação do juiz, o treinador deixou o volante fora.

Dali em diante, o Corinthians enfrentou Goiás, Grêmio, Bragantino e Fluminense. Nesses três últimos jogos, os atletas, Mano e até o presidente Mário Gobbi chiaram muito contra os árbitros.

A reclamação maior era a da marcação de faltas bobas, que impediriam o time de jogar. Contra a equipe carioca, por exemplo, argumentam que menos da metade das cinco faltas que Elias teria cometido, na realidade, não aconteceram.

Quando a onda de retaliação acabou, Petros voltou junto. Só que o Corinthians desperdiçou a maior parte de um efeito suspensivo nesse período. Se estivesse cumprindo pena, o volante agora estaria liberado.

Por isso que depois do julgamento do pleno do STJD, na última quinta, o jogador ficará mais três rodadas no estaleiro, perdendo os compromissos contra Flamengo, Chapecoense e o clássico contra o São Paulo.