Sem time, André Santos joga futebol amador e pelada com funkeiros em favela
Sem time desde que deixou o Flamengo, em agosto, André Santos ainda não tem certeza sobre o seu futuro. Mas o lateral já sabe como manter a forma: jogando pelada. E nos mais diversos lugares.
Se antes o lateral desfilava seu talento em palcos como Ninho do Urubu e Maracanã, os locais de jogos agora são mais modestos. E com bem menos público. Com a mesma camisa 27 que usava no Flamengo, André Santos tem jogado em partidas amadoras de futebol soçaite e participado de peladas com funkeiros cariocas em uma favela do Rio de Janeiro – Borel, na Tijuca, zona norte da cidade.
No último domingo, em passagem por Florianópolis para visitar familiares e amigos, André vestiu a camisa do Metropolitano, time líder de um campeonato de futebol soçaite na capital catarinense. No entanto, a presença do jogador com passagens por Arsenal, da Inglaterra, e seleção brasileira não ajudou: derrota por 2 a 1.
Na segunda-feira, já no Rio de Janeiro, voltou a bater ponto no Morro do Borel. Convidado pelo funkeiro Nego do Borel, compareceu à localidade conhecida como Terreirão, que recebe as peladas de futebol da comunidade.
Após conhecer o campo há poucas semanas, André Santos jogou algumas partidas e chegou a ganhar até R$ 4 mil em uma aposta com integrantes de times adversários. Além de Nego do Borel, a pelada frequentada pelo lateral costuma contar ainda com figuras como o ator Thiago Martins e o funkeiro Mc Tikão.
Mesmo com a rotina atual de peladas, André Santos faz questão de ressaltar que não abandonou a carreira nos campos profissionais. Em comunicado na última segunda-feira, o jogador afirmou que pretende voltar ao futebol na próxima temporada.
O lateral esquerdo disse também que só não retornará ainda neste ano pelo fato de já ter disputado sete partidas no Campeonato Brasileiro pelo Flamengo, impossibilitando uma negociação com times da série A, além de ver a janela de saída para a Europa fechada.
André Santos chegou a cogitar um contrato curto com algum time árabe, mas não houve acordo. Sem o dinheiro dos asiáticos e sem contrato, ele segue com as peladas. E com outra remuneração: o “salário” de R$ 110 mil, referente às parcelas mensais da rescisão com o Flamengo.
O jogador acordou este valor após ser dispensado pelo clube. André informou ter sido agredido após um jogo contra o Internacional no Beira Rio, não comprovou as agressões, ficou sem ambiente na Gávea e deixou o time carioca.
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