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Presidente do Botafogo cobra R$ 25 mil e processa empresário de Sheik

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/10/2014 13h54

O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, entrou com um processo na Justiça contra o empresário de Emerson Sheik, Reinaldo Pitta. Isso porque o representante do atleta acusou o mandatário de receber “comissionamento de imagem” nos salários de alguns jogadores. Assim que leu as declarações, o dirigente avisou que o assunto seria resolvido por meios legais e cumpriu a promessa.

A ação por dano moral foi movida através da advogado do Botafogo Joana Prado e cobra uma indenização de R$ 25 mil pelas acusações. A primeira audiência está marcada para o dia cinco de março de 2015.

Na última sexta-feira, o presidente do Botafogo convocou uma coletiva de imprensa para anunciar o desligamento de Sheik, Bolívar, Edílson e Julio Cesar por deficiência técnica. A medida pegou a todos de surpresa e o empresário de Emerson, Reinaldo Pitta, se revoltou contra o mandatário do Alvinegro.

“Não estou dizendo que os jogadores são santos, mas não sei qual é o motivo. Então não posso falar nada. Os diretores foram corretos comigo. O presidente é que é um doente, recebe comissionamento de imagem. Então pode se esperar de tudo”, disse na oportunidade em entrevista ao UOL Esporte.

Segundo o presidente, os jogadores haviam sido avisados na noite anterior, mas mesmo assim eles quiseram ir ao treinamento como se nada tivesse ocorrido. Em campo, o diretor de futebol Wilson Gottardo teve que pedir a retirada dos quatro atletas, o que gerou certo desconforto.

Os quatro atletas se reuniram na casa de Sheik na mesma tarde para definir o rumo de suas carreiras. Com período de inscrições encerradas, nenhum deles poderá assinar com qualquer time até o fim do ano, o que irritou os jogadores. Eles deverão entrar com processo contra o Botafogo pelo ocorrido, embora isso ainda não tenha ocorrido.

Segundo apuração do UOL Esporte, o Botafogo já estava insatisfeito com Emerson por atos de indisciplina cometidos internamente. A todo instante ele desafiava seus superiores dizendo que o problema era de quem o contratou. As críticas à CBF foram decisivas para o afastamento e originou uma limpa no elenco juntamente com outros atletas, considerados má influência para os demais companheiros.