Espanha barra Casillas e goleia Luxemburgo com 1º gol de Diego Costa
Depois de sete longas partidas, Diego Costa finalmente marcou pela Espanha. Em alta no Chelsea, o sergipano naturalizado já estava sob pressão da imprensa europeia pelo jejum e conseguiu, na marra, ir às redes pela primeira vez. Com seu 9 desencantando e Casillas no banco de reservas, a “Fúria” venceu Luxemburgo por 4 a 0 e recuperou-se da derrota para a Eslováquia, na última quinta.
O resultado deixa a Espanha com seis pontos em três rodadas disputadas no Grupo C das Eliminatórias para a Euro 2016, que será disputada na França. A Eslováquia, que bateu Diego Costa e companhia na rodada anterior, venceu Belarus fora de casa e lidera com nove, enquanto a Ucrânia também tem seis – só dois times avançam diretamente para o torneio.
Só que o abismo técnico entre a Espanha e os rivais, incluindo Eslováquia e Ucrânia, deve pesar. Os atuais bicampeões europeus travam uma luta maior contra si mesmos, tentando se acertar após uma reformulação dolorida e difícil, apressada pelo vexame da Copa do Mundo.
Neste domingo, Vicente del Bosque deu possíveis sinais de qual caminho irá seguir: barrou Casillas, que falhou há quatro dias, e manteve Diego Costa, que finalmente reagiu.
Fases do jogo:
A crítica depois da derrota inesperada para a Eslováquia foi pesada na Espanha. Jornalistas de diversas correntes se assustaram com a reação do time após o vexame da Copa do Mundo e externaram o temor de que a fase de ouro tenha passado de vez.
A resposta da Espanha foi mais pragmática do que se poderia esperar. Embora tenha aberto mão do esquema com um único centroavante, a seleção seguiu tendo um meio-campo monótono, de toques de lado, que não brilhou diante de uma retranca.
Sorte que a retranca, dessa vez, não era das melhores. Mesmo sem brilho, a Espanha criou chances no primeiro tempo. David Silva marcou de fora da área e deu um passe ara Alcácer fazer 2 a 0.
No segundo tempo, Diego Costa fez de forma atabalhoada, após um bate-rebate, mas consagradora, já que conseguiu tirar uma enorme pressão das costas. Nos minutos finais, coube ao estreante Bernat fechar o placar em 4 a 0, com direito a assistência de Rodrigo, outro brasileiro naturalizado.
O melhor: David Silva. Meia do Manchester City foi decisivo com um golaço de fora da área e a assistência para Alcácer. Em um meio-campo pouco objetivo, se destacou por ter sido mais dinâmico que os companheiros.
O pior: Zaga de Luxemburgo. O terceiro gol da Espanha é uma amostra da fragilidade da marcação. Em um bate-rebate na área, nenhum defensor conseguiu cortar a jogada e o mau posicionamento de um deles deixou Diego Costa em condição de fazer, completamente sozinho na pequena área.
Chave do jogo: Diferença técnica. Por mais que esteja em crise de identidade e no meio de uma renovação, a Espanha está a léguas de distância do futebol de Luxemburgo. Com algum esforço, mesmo sem tanta inspiração, os atuais bicampeões europeus conseguiram a vitória.
Toque dos técnicos: Vicente del Bosque pediu respeito á Espanha depois da derrota surpreendente para a Eslováquia, mas se mexeu. Mudou quatro peças no time (Casillas, Juanfran, Albiol e Fabregas) e voltou a vencer, mas não viu a equipe jogar exatamente bem.
Para lembrar:
Sombra de De Gea: O goleiro de 23 anos tomou o lugar do veterano Casillas na seleção e pode fazê-lo também no Real Madrid. Neste domingo, o jornal Daily Mail que o clube espanhol irá tentar contratar o jogador do Manchester United nas próximas janelas de transferências, o que complicaria a vida do veterano no Santiago Bernabeu.
Diego Costa: O sergipano foi às redes por persistência. Ao longo do tempo em que esteve em campo, ele deu nove chutes a gol, mais da metade do total da Espanha. Além disso, bateu menos que em jogos anteriores, embora ainda assim tenha recebido o cartão amarelo.
Jejum de uns...: se Diego Costa marcou seu primeiro gol após suados sete jogos, Alcácer faz o contrário. A revelação do Valencia, que barrou Fabregas, faz seu terceiro gol consecutivo nas três primeiras partidas oficiais pela “Fúria”.
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