Com nova lesão, Borges pode deixar Cruzeiro no fim do ano em baixa
Artilheiro do Cruzeiro em 2013 com 19 gols e um dos destaques na conquista do tricampeonato brasileiro, Borges não conseguiu obter o mesmo sucesso neste ano e é apenas um figurante no elenco de Marcelo Oliveira. O atacante sofreu com lesões ao longo temporada, pouco entrou em campo e deve deixar o clube em dezembro.
Por causa das contusões, Borges não conseguiu ter uma sequência e esteve em campo apenas 19 vezes neste ano. Ele disputou cerca de 30% dos 63 jogos que o time já realizou em 2014 e só marcou dois gols. Um na vitória sobre o Coritiba, por 3 a 2, e outro no triunfo sobre o Flamengo, por 3 a 0, ambos pelo primeiro turno do Brasileirão.
O baixo rendimento ainda não fez a diretoria procurá-lo para renovar o contrato. Os dirigentes evitam tocar no assunto com a alegação de não tirar o foco do Campeonato Brasileiro. No entanto, o clube já negociou com outros atletas, como o zagueiro Leo, que já renovou o contrato, e o volante Henrique, que está prestes a prorrogar seu vínculo por mais duas temporadas.
O atacante, por sua vez, deixa o assunto em segundo plano e foca em voltar a jogar nesta reta final do Brasileirão e da Copa do Brasil. “É uma coisa (renovação) que no momento não quero nem pensar. A única coisa que quero é me dedicar nos treinamentos, nas partidas, ser campeão. Quando entrega o futuro nas mãos de Deus, acho que a coisa tem que acontecer da melhor forma”, afirmou.
Borges sofreu nova lesão no jogo contra o ABC há uma semana, pela Copa do Brasil, quando teve a chance de começar como titular e saiu ainda no primeiro tempo sentindo dores na coxa direita. Logo após a partida, retornou para Belo Horizonte e foi diagnosticado com um estiramento muscular que o tirou do jogo contra o Vitória, pelo Brasileirão.
No entanto, segundo o médico do clube, Sergio Freire Júnior, não se trata de uma lesão grave e ele deve ficar à disposição do técnico Marcelo Oliveira em breve. “Foi um estiramento na coxa, mas bem pequeno. Ele não deve demorar muito para voltar a campo”, disse.
A contusão, porém, se torna mais um empecilho para o jogador, que vem tendo um ano conturbado. Ele sofreu uma lesão na coxa direita ainda no segundo jogo da temporada, contra a Caldense, pelo Campeonato Mineiro, que o fez perder a posição de titular e o tirou do time por vários jogos. Quando vivia o melhor momento nesta temporada, teve outra lesão ainda mais grave na outra coxa que o deixou três meses longe dos gramados.
“Pra mim tem sido um momento difícil. Desde que conquistamos o título brasileiro no ano passado, nas minhas férias, procurei preparar de forma diferente, fiz um grande início de pré-temporada em janeiro e, infelizmente, na segunda partida sofri uma lesão na qual nunca tinha tido na carreira. Aí demora para entrar no ritmo, a gente joga contra o Flamengo, consegue uma grande vitória, vai para as férias, volta a intertemporada e machuca novamente como nunca machucou”, lamentou Borges.
Sergio Freire Junior vê o atacante bem fisicamente e atribui os problemas clínicos a infelicidade. “Ele não teve muitas lesões, teve uma no começo do ano e outra no meio do ano que ficou muito tempo parado, que acabou atrapalhando. Mas a gente não identificou nada que predisponha uma lesão, foram coincidências, tanto que aconteceram em locais diferentes”, explicou o doutor.
Borges desfalcará o Cruzeiro novamente no jogo contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, e a expectativa é que possa estar à disposição diante do Figueirense, no sábado, ou contra o Santos, na semana que vem, pelo primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil. O certo é que o atacante de 34 anos terá pouco tempo para tentar recuperar a forma e convencer a diretoria da renovação.
Este provavelmente será o último ano de Borges na Toca da Raposa, já que o vínculo termina em dezembro e os novos atacantes já estão sendo observados pelo treinador, como Hugo Ragelli e Judivan. O que pode contribuir para a permanência do camisa 9 é se o clube não conseguir ficar com Marcelo Moreno, que está emprestado pelo Grêmio e tem os direitos econômicos fixados em mais de 5 milhões de euros.
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