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Nova sede da Copa Africana será anunciada nesta semana, diz Confederação

Das agências internacionais

Na Cidade do Cabo (África do Sul)

12/11/2014 11h11

A decisão sobre a nova sede da Copa Africana de Nações será anunciada ainda nesta semana. É o que afirmou a Confederação Africana de Futebol (CAF), que pretende confirmar o substituto de Marrocos nos próximos três dias.

Presidente do CAF, Issa Hayatou disse que a entidade está analisando os pedidos de outros países em sediarem o evento entre os dias 17 de janeiro e 8 de fevereiro. Ele também explicou os motivos que o levaram a recusar o pedido adiamento do torneio feito de Marrocos.

“Uma vez que você adie o evento, abre portas para que todos possam pedir atrasos em qualquer competição e deixamos de ter credibilidade”, disse Hayatou. “Iríamos ferir nossos patrocinadores e parceiros. O mundo todo dirá que não estamos prontos e será a CAF quem pagará o preço”.

“Não podemos assinar nossa sentença de morte, porque adiar esse torneio seria mortal para o futebol africano. Por 57 anos temos pacientemente construído essa casa, que hoje é o orgulho de todos os africanos”, completou.

Angola, Egito, Gabão e Nigéria são especulados como possíveis sedes da Copa Africana de 2015. O torneio ocorreria no Marrocos, mas o país optou por desistir de organizar a competição por temer a vinda de torcedores oriundos do oeste da África – região atingida por uma epidemia de ebola. Pelo menos 4.950 pessoas morreram até agora vítimas da doença nos últimos meses.

A CAF anunciou que tomará as medidas legais contra a Federação Marroquina, que assumiu em abril deste ano o compromisso de organizar a Copa Africana. A seleção do país já foi banida do torneio e corre o risco de ser excluída de futuras competições organizadas pela entidade.

Ministro do esporte de Marrocos, Mohamed Ouzzine negou que o país tenha rompido qualquer contrato assumido. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que cada país tem o direito de tomar as medidas necessárias para proteger seus cidadãos. O mundo inteiro é incapaz de encontrar tratamento ou alguma solução para essa doença. Isso não é um motivo de força maior?”, defendeu.

“A CAF diz que nos recusamos a organizar a competição, e isso está errado. Queremos que o torneio aconteça em nosso país, mas mantemos nosso pedido de adiamento. Podemos falar sobre sanções agora, mas não devemos esquecer sobre o que poderia acontecer caso não tomássemos essa decisão”, completou o ministro.