Apoio público de Andrés rende risadas de Mano e ironia para Mário Gobbi

Acompanhada de perto pelo presidente Mário Gobbi nesta manhã de sexta-feira, a entrevista coletiva de Mano Menezes foi marcada por uma série de perguntas sobre o futuro do treinador. Mano não disse com todas as letras que sai após o jogo contra o Criciúma no sábado, mas reagiu com bom humor às declarações de Andrés Sanchez na véspera.

"Era exatamente aí que pretendia bater (no sentido de criticar) no presidente Mário Gobbi. Ficou claro que o presidente não quer renovar comigo, mas como ele está aí não vou fazer (críticas)", respondeu Mano ao ser perguntado sobre o assunto.

Na quinta-feira, o ex-presidente Andrés disse que renovaria o contrato de Mano Menezes há meses, mas lembrou que Gobbi não quis fazer essa opção por conta das eleições em fevereiro de 2015. Internamente, porém, o principal motivo para o atual presidente não renovar com o treinador foi a interferência frequente do grupo de Sanchez no departamento de futebol. É justamente por conta desse cenário que Mano, por conta própria, também não quer ficar.

"Não penso que o processo (de renovação) foi todo mal conduzido publicamente. Foi mal conduzido nos bastidores, como algumas coisas foram tratadas. E externamente também", criticou Mano, observado pelo chefe. Depois, com bom humor, declarou de forma enigmática. "Não conseguimos eliminar no futebol: salário atrasado, trairagem e rachão".

Em seguida, perguntado sobre um possível interesse do Internacional para o próximo ano e como isso se desenrolaria na última rodada, já que os gaúchos disputam o terceiro lugar com o Corinthians, Mano advertiu. "Talvez quando me referi que coisas foram mal conduzidas foi exatamente para evitar isso".