Se sair da Ucrânia, C. Xavier irá ao mercado antes de ouvir SP e Palmeiras
O meia Cleiton Xavier, de 31 anos, topa voltar ao Brasil. Mas esta não seria sua primeira opção. Há cinco temporadas no Metalist Kharkiv, da Ucrânia, ele é atualmente o camisa 10, capitão e vice-artilheiro do Campeonato Ucraniano, com oito gols. Por esse currículo, acredita que, se for para comprar a complicada briga para deixar o clube ucraniano, ainda pode procurar propostas de outros clubes estrangeiros antes de voltar ao Brasil.
Cleiton Xavier é agenciado pelos empresários Márcio Rivellino e Renato Figueiredo, mesmos que representam o técnico Muricy Ramalho, do São Paulo. Muricy trabalhou com o meia no Palmeiras, em 2010, e no Internacional, em 2003, e costuma fazer elogios ao atleta. Enquanto isso, a diretoria do São Paulo procura um substituto para Kaká, que a partir de 2015 defenderá o Orlando City, nos Estados Unidos. Quem representa a carreira de Cleiton Xavier e de Muricy Ramalho, no entanto, afirma que não há negociação em curso entre as partes, mas fala no velho conhecido interesse do Palmeiras. E avisa que seria muito difícil convencer o Metalist, que tem contrato com Cleiton até junho de 2017.
"Cleiton é um jogador valorizado. A gente representa o Muricy, também, e não teve nada de São Paulo. A gente sabe do interesse que o Palmeiras tem pelo Cleiton. Mas ele tem uma dificuldade de sair da Ucrânia. Ele é um dos artilheiros do campeonato, está bem em todas as temporadas, é capitão do time... É difícil", diz Renato Figueiredo.
O empresário também explica como Cleiton Xavier projeta os próximos anos de carreira caso deixasse o Metalist nesse momento. O Brasil não está em primeiro lugar.
"Se tiver um interesse de negociar, com certeza a gente abriria o leque antes. Não só para brasileiros, mas Europa, Arábia... O Cleiton tem mercado. Se tivesse uma chance de ser negociado, com certeza iriam aparecer propostas. No decorrer desses anos que o Cleiton esteve lá, ele teve propostas pesadas e não teve condições de sair. Não liberaram", explica.
Em agosto de 2014, o Palmeiras demonstrou interesse em repatriar Cleiton Xavier. O Metalist, no entanto, informou que não aceitaria negociar o jogador por menos de R$ 18 milhões e que não aceitaria uma transferência por empréstimo, pela importância do meia para o clube. Em quatro meses, a situação não mudou. O preço é superior, por exemplo, ao que o São Paulo pagou ao Benfica pela contratação do atacante Alan Kardec, seis anos mais jovem, em abril. Se aceitasse abrir negociação, o Metalist pediria no mesmo patamar de valor - o salário de Cleiton Xavier também é alto, mesmo para os clubes de ponta do Brasil.
A contratação de um meia é um pedido de Muricy Ramalho à diretoria do São Paulo. O técnico pretende manter a formação com dois meio-campistas ofensivos pelas laterais do campo e, após a saída de Kaká, vê Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos como titulares. Os reservas - Boschilia, Osvaldo e Ademilson -, no entanto, estão longe do mesmo padrão de qualidade e capacidade para desempenhar a mesma função. O treinador também pediu pelo menos mais um lateral direito, um zagueiro e um lateral esquerdo, este posto solucionado pela contratação de Carlinhos, primeiro reforço são-paulino para 2015.
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