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Gringos coroas roubam a cena e brilham em jogo até com D'Ale de árbitro

Rúben Paz marcou um gol de pênalti e foi ovacionado pelo público no Beira-Rio - Lucas Uebel/Divulgação
Rúben Paz marcou um gol de pênalti e foi ovacionado pelo público no Beira-Rio Imagem: Lucas Uebel/Divulgação

Jeremias Wernek e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

27/12/2014 18h55

Em um jogo cheio de gente ainda em atividade, foram os aposentados quem brilharam no Beira-Rio, neste sábado (27). O ‘Lance de Craque’, partida beneficente organizada por D’Alessandro, foi palco de bonitos dribles e chutes de Enzo Francescoli e Rúben Paz. Os gringos coroas ainda marcaram um gol cada, em pênaltis marcados em um pequeno intervalo de tempo – dando toda pinta de ser uma chance clara para ambos balançarem as redes.

Além deles, o próprio D'Ale foi atração. Nos últimos cinco minutos de jogo, o meia protagonizou uma cena inusitada e que resume a tarde em Porto Alegre: trocou de camisa com o árbitro Márcio Chagas e apitou por alguns momentos. Como juiz, marcou até pênalti e deu cartão amarelo. Na brincadeira, também ironizou a fama de reclamão com os árbitros.

Rúben Paz é o grande ídolo de D’Ale, mas Francescoli é quem aparece ao lado de uma foto antiga do capitão do Inter, que quando criança atuou como gandula no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

Francescoli foi o primeiro a brilhar. Apelidado de príncipe, o uruguaio mostrou bom repertório de lançamentos e se mostrou ativo mesmo aos 53 anos. Em um dos lances, o uruguaio arrancou na intermediária, passou por dois e chegou a dar uma janelinha em Gamarra. Na hora da finalização o chute saiu fraco.

Rúben Paz, de começo discreto, foi se soltando com o passar do tempo. E contou com auxílio de D’Alessandro para criar boas jogadas. Em uma delas, serviu o fã e assistiu a finalização ser defendida por Renan.

O primeiro gol dos gringos saiu de Francescoli. No pênalti, o camisa 9 da equipe dirigida por Jorge Sampaoli – técnico da seleção chilena – deslocou Marcelo Grohe e comemorou. Pouco tempo depois foi a vez de Rúben Paz marcar. Em pênalti cometido por Guiñazú em D’Ale, o charrua que jogou no Colorado nos anos de 1980 e no Peñarol recebeu a bola e foi para cobrança. Também deslocou o goleiro, Renan do Goiás, e levantou a torcida.

“O D’Alessandro deixou eu bater, foi ótimo. Pude relembrar o meu tempo de jogador, foi lindo. Voltar ao Beira-Rio e fazer um gol foi incrível”, disse Rúben Paz ao deixar o gramado.

No segundo tempo os times mudaram quase por completo. Na equipe de laranja, onde Francescoli atuou, entraram nomes como Fábio Santos, Magrão, Zé Elias e Barcos. No time branco apareceram Abbondanzieri, Gabriel Milito, Ponzio, Taison, Fuertes e Cavenaghi. D'Alessandro confirmou a ideia de atuar meio jogo em cada lado.

A etapa final teve um belo gol de Zé Roberto, que chutou no ângulo em um pequeno voleio. E ainda um contra-ataque em velocidade, iniciado por Taison e finalizado por Fuertes. Antes do apito final, D'Ale descontraiu ao extremo. Aos 40, trocou de camisa com o árbitro Márcio Chagas e virou o comandante do confronto. Em pouco tempo, o gringo distribuiu três cartões amarelos de brincadeira. E chegou ao ápice quando marcou um pênalti. Na cobrança, Abbondanzieri defendeu, mas Márcio Chagas teve uma segunda chance e então encerrou o placar: 5 a 3 para o time denominado Esperança, que jogou de branco, em cima da equipe Solidariedade.

Lance de Craque
Data: 27/12/2014 (sábado)
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre
Árbitro: Márcio Chagas

Time Solidariedade: Renan; Zanetti, Bolívar (Quiroga), Ayala e Zé Roberto; Guiñazú (D’Alessandro), Tinga (Zé Elias), Jorge Henrique (Magrão) e Dátolo; Francescoli (Fábio Santos) e Rafael Moura (Barcos)
Técnicos: Jorge Sampaoli e Ramón Diaz

Time Esperança: Marcelo Grohe (Abbondanzieri); Hernan Diaz (Mancini), Lugano (G. Milito), Gamarra e Gilberto; Elias, Alex (Ponzio), Deco, Ruben Paz (Taison) e D’Alessandro (Fuertes); Diego Milito (Cavenaghi)
Técnicos: Dunga e Celso Roth