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Seis meses após a Copa, projeto da Arena Pantanal ainda não está pronto

Custo da arena era previsto em R$ 342 milhões, mas pode ter custado R$ 700 milhões - Christopher Lee/Getty Images
Custo da arena era previsto em R$ 342 milhões, mas pode ter custado R$ 700 milhões Imagem: Christopher Lee/Getty Images

Vinícius Segalla

Do UOL, em São Paulo

30/12/2014 06h00

Classificação e Jogos

A Arena Pantanal, estádio construído em Cuiabá para receber quatro jogos da Copa do Mundo ocorrida em junho deste ano no Brasil, ainda não está 100% concluída.

Projeto paisagístico no entorno, equipamentos de acessibilidade e um restaurante são algumas das obras previstas no contrato firmado entre o Governo do Estado de Mato Grosso - que pagou pela obra - e a empreiteira Mendes Júnior e que não saíram do papel.

Além disso, algumas áreas do estádio já apresentam deterioração por falta de conservação. Dos 12 elevadores existentes na arena, por exemplo, quatro não estão funcionando. 

Este é o quadro diagnosticado por uma análise coordenada pelo futuro secretário de Projetos Estratégicos do Estado, Gustavo Oliveira, que assumirá a pasta quando o governador eleito de Mato Grosso, Pedro Taques, for empossado no cargo.

O atual governador, Silval Barbosa, foi quem assinou o contrato com a Mendes Júnior, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

O estádio começou a ser erguido em abril de 2010. Seu prazo original de entrega era dezembro de 2012. O custo previsto era de R$ 343 milhões, mas o valor final poderá chegar a R$ 700 milhões. "Uma auditoria será realizada no início do ano que vem para que seja levantado o custo total da obra para o Estado", disse Oliveira. 

Segundo ele, a Arena Pantanal tem um custo de manutenção de cerca R$ 700 mil por mês, a cargo do Estado. Em 2015, um processo de concessão à iniciativa privada deverá ser posto em prática.

O estudo coordenado pelo futuro secretário apontou ainda que apenas oito das 52 obras tocadas pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) foram, de fato, concluídas pelo atual governo. Outras 22 obras continuam em andamento, 14 foram encerradas sem o recebimento definitivo, sete foram abandonadas e uma não foi executada.