Campeão mundial pelo Corinthians em 2000 era vascaíno e fã de Edmundo
Edmundo estava preparado para cobrar o último pênalti do Vasco na decisão do Mundial de clubes da Fifa, em 2000. Do outro lado, um jogador do Corinthians tentava lidar com emoções contraditórias. Aquele lance representava muito para o lateral direito José Sátiro do Nascimento, o Índio, que tinha apenas 20 anos e era titular da equipe paulista.
Nascido na aldeia indígena Xucuru Kariri, Índio começou a carreira nas categorias de base do Corinthians. No entanto, o jogador era vascaíno de coração, e a escolha tem a ver com um ídolo: Edmundo.
Índio foi titular do Corinthians em três jogos do Mundial de 2000 (incluindo a decisão). O lateral recebia apenas R$ 3 mil mensais na época - era o menor salário e o nome menos badalado num elenco que tinha atletas como Dida, Freddy Rincón, Vampeta, Marcelinho Carioca, Ricardinho, Edilson e Luizão.
Ainda assim, seria Índio o responsável pelo sexto pênalti do Corinthians na decisão contra o Vasco. Na primeira série de cinco cobranças, Gilberto (Vasco) e Marcelinho Carioca (Corinthians) tinham perdido. Se Edmundo convertesse, a disputa passaria aos tiros alternados.
"Eu estava preparado, mas estava nervoso na hora. Eu era vascaíno por causa do Edmundo e veio na minha cabeça que estava jogando contra o meu time. Eu falei que bateria, mas estava tremendo", relatou o lateral em entrevista ao UOL Esporte.
"O que mais me marcou naquele Mundial foi marcar Edmundo e Romário. Eu já tinha visto os dois jogando, mas chegou na hora H e eu me dei conta que teria de marcar os caras. Isso marcou muito a minha vida", completou Índio.
A passagem de Índio pelo Corinthians terminou ainda em 2000. Depois, o jogador rodou por uma série de equipes e mudou de posição (hoje atua como volante ou meia). Ele negocia um contrato com o Itabaiana para defender a equipe sergipana na atual temporada.
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