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Ele já foi goleiro e até segurança no Inter. E só quer ser feliz em 2015

Artilheiro do Inter em 2014, Rafael Moura apareceu descontraído no começo do novo ano - Jeremias Wernek/UOL
Artilheiro do Inter em 2014, Rafael Moura apareceu descontraído no começo do novo ano Imagem: Jeremias Wernek/UOL

Jeremias Wernek

Do UOL, em Bento Gonçalves (RS)

14/01/2015 12h51

Rafael Moura foi mais que o artilheiro do Internacional em 2014. Um personagem entre o amor e ódio, entre os gols que ajudaram a levar o time para Libertadores e o apupo da torcida. Entre a cena como goleiro – na goleada em Chapecó – e o pedido de trégua junto aos colorados. Por tudo isso, e pela desistência do Colorado em buscar um camisa nove de peso, ele quer uma temporada com mais paz e amor. E para isso, chegou a levar um bilhete desejando feliz 2015.

No começo do ano passado, em Gramado, He-Man apareceu com anotações sobre seus gols e minutos jogados. Se defendeu com a média obtida até então no Inter e pediu paciência aos torcedores. Doze meses depois, o clima foi outro.

“Hoje eu trouxe um papelzinho, mas agora ele diz ‘Feliz 2015’. É para todos vocês, para nós, para a equipe do Inter. Espero repetir os números, aumentar a média, algo que eu gosto e estudo. Mas de uma maneira mais leve, mais saudável, não como já fiz no passado”, disse Rafael Moura nesta quarta-feira (14), em Bento Gonçalves.

Durante a entrevista coletiva, o centroavante não conseguiu escapar de outras lembranças de 2014. Como quando virou goleiro na goleada histórica sofrida diante da Chapecoense e a vez em que correu para defender o árbitro Marielson Alves da Silva, logo após a vitória em cima do Figueirense.

“O momento do papelzinho com os números repercutiu muito (na pré-temporada), o pênalti mostrou meu lado humilde, de tentar ajudar meus companheiros e me humilhar em prol do grupo. No caso de vestir as luvas e ir para o gol, virando chacota nacional, mas tentando ajudar o grupo. Esse é meu caráter, meu profissionalismo. Não ia resolver nada eu defender, mas ninguém quis vestir a roupa de goleiro e sobrou para mim. Só que o último lance é o que fica, pela proteção ao juiz. Por instinto eu nem sei explicar direito o que fiz. Eu vi que a coisa poderia ser mais séria e com o meu ato, ninguém saiu ferido”, contou.

Até agora, Rafael Moura não teve nenhum sinal de que será titular em 2015, mas nada particular com a situação dele. É pelo método de Diego Aguirrem que ainda não montou esboço algum da equipe que deverá começar a temporada. Na semana passada, os dirigentes chegaram a tentar uma troca dele por Réver, mas o Atlético-MG vetou o acordo.