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Inter reúne velhos alvos e tem 'time dos sonhos' com a chegada de Réver

Zagueiro se junta a lista que conta com Jorge Henrique, Nilmar, Nilton e até Léo - Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG
Zagueiro se junta a lista que conta com Jorge Henrique, Nilmar, Nilton e até Léo Imagem: Bruno Cantini/site oficial do Atlético-MG

Jeremias Wernek

Do UOL, em Bento Gonçalves (RS)

14/01/2015 06h00

O acerto com o Atlético-MG por Réver faz o Internacional ter mais um jogador que já desejou antes. O zagueiro se une a Jorge Henrique, Nilton, Léo e Nilmar na lista de alvos antigos e dá margem para o Colorado ter um time dos sonhos em 2015: juntando vários nomes que foram tentados antes e só agora estão à disposição no clube.  

A vinda de Réver para o Inter, que será apresentado oficialmente na Serra Gaúcha na tarde desta quarta-feira (14), poderia ter ocorrido em outras três oportunidades: 2007, 2010 e 2011. O que só reforça esta junção de antigos sonhos.

Primeiro, Réver foi oferecido aos então dirigentes do Inter para atuar como volante, antes de parar no rival Grêmio, nos tempos de Paulista de Jundiaí. Três anos mais tarde, foi sondado pouco depois de acertar com o Wolfsburg-ALE, mas os valores elevados de salário e de compra liquidaram com as chances de acerto.

E por último, ele apareceu na lista de reforços que estavam sendo tentados por Paulo Roberto Falcão. Em 2011, o ex-comentarista assumiu o cargo de técnico após a demissão de Celso Roth e Réver era reserva no Atlético-MG de Dorival Júnior. O Rei de Roma acabou entrando em rota de colisão com a cúpula, não ganhou dos nomes pedidos junto ao mercado e ainda foi demitido.

Agora, Réver surgiu como opção após a pedida do Napoli por Henrique, ex-Palmeiras, assustar os dirigentes. O time italiano pediu 6 milhões de euros (R$ 18,7 milhões) para liberá-lo. Além disto, os salários exigidos pelo zagueiro seriam na casa de R$ 600 mil limpos - sem impostos. Gringos chegaram a ser oferecidos e Diego Lugano afirmou que poderia jogar no Inter em 2015, mas a diretoria descartou tudo isso de pronto.

“O Réver é um zagueiro de alto nível, de seleção brasileira. E só não foi para a Copa por uma infelicidade (lesão no tornozelo que rendeu duas cirurgias em 2014). É um jogador raro no mercado”, disse o diretor de futebol Carlos Pellegrini.

O lateral direito Léo é, de todos os antigos alvos, o mais recente. Ele foi sondado no final de 2013, mas acabou sendo vendido pelo Vitória ao Flamengo. Agora, firmou contrato de empréstimo até dezembro, mas já ouviu do próprio elenco que era aguardado há tempos.

“O Léo era um desejo antigo e entre nós ele era unanimidade, até já falei pra ele isso. Uma maneira também de tranquilizar ele”, contou o meia Alex – um dos líderes do grupo.

Nilton estava sendo monitorado desde 2012, quando só não fechou com o Inter por um temor jurídico. À época, o volante tinha os direitos econômicos penhorados por uma ação do ex-atacante e agora senador Romário. O jogador ganhou na Justiça o direito de deixar o Vasco e acabou no Cruzeiro.

Nilmar, contratado pela terceira vez pelo Inter em agosto do ano passado, já havia sido tentado em 2012 e 2013. Em negociações cheias de idas e vindas, discussões públicas de dirigentes com o empresário Orlando da Hora e até pressão familiar.

Por último, aparece Jorge Henrique. Ausente na pré-temporada por uma lesão na panturrilha, o meia-atacante esteve por anos a fio na alça de mira dos dirigentes. Os gols marcados pelo Corinthians no Colorado só aumentaram o desejo, saciado em maio de 2013 após o afastamento no Parque São Jorge.