A história do ídolo africano que foi procurado pela Interpol por 4 anos
Ídolo nacional e procurado pela polícia por quase 20 anos. Foi isso o que aconteceu com Lakhdar Belloumi, considerado o melhor jogador de todos os tempos da Argélia. Por culpa de uma briga em hotel, o ex-jogador foi alvo de um mandado de prisão por duas décadas e ficou quatro anos na lista de procurados da Interpol. E tudo começou no campo, devido a uma grande rivalidade.
A perseguição a Belloumi começou em 1989, depois de uma partida entre Argélia e Egito pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 1990. O Egito levou a melhor atuando em casa, mas o clima ficou tenso em campo e conduzido até o hotel dos argelinos. Lá, um torcedor egípcio iniciou uma discussão com os jogadores rivais.
A confusão ficou mais séria. Garrafas, copos e pedaços de vidro voaram pela área comum do hotel. O médico do Egito, Ahmed Abdelhadi, alegou ter sido atingido por uma garrafa arremessada por Belloumi e ter perdido a visão de um olho. O médico acionou a Justiça e conseguiu a condenação do argelino.
No dia da briga, Belloumi pagou uma fiança equivalente a R$ 100 mil e conseguiu deixar o país. O processo seguiu, e a Justiça determinou cinco anos de prisão, além de pagamento de R$ 1 milhão. Com medo de ser preso, o argelino nunca mais voltou ao Egito.
Por isso, ele não compareceu à homenagem que receberia na Copa das Nações Africanas de 2006, realizada no Egito. O convite foi enviado em 2005. Na época, o médico egípcio avisou a polícia que Belloumi poderia aparecer no país, e o mandado de prisão foi parar na Interpol, a polícia internacional.
Com a Interpol envolvida, o caso ficou sério e virou um problema diplomático. A questão só foi resolvida, e a condenação retirada, quando o presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, entrou em ação, em 2009.
Durante 20 anos, o ídolo Belloumi se tornou um problema de polícia. Justamente ele, que anotou um gol importante e conduziu a Argélia à vitória histórica sobre a Alemanha Ocidental na Copa de 1982.
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