Guiné Equatorial faz sua melhor campanha na CAN. Mas árbitro paga o preço
A seleção da Guiné Equatorial não figura entre as principais do futebol africano. No último ranking divulgado pela Fifa, ocupa apenas a 118ª colocação da lista, atrás de 35 outras equipes do continente. No entanto, faz história na Copa Africana de Nações 2015, de forma um tanto quanto polêmica.
Anfitriã da atual edição da competição, a Guiné Equatorial alcançou pela primeira vez as semifinais do torneio. Até então, o melhor desempenho da equipe havia sido a chegada às quartas de final em 2012. Em todas as outras edições da CAN, os guineenses ficaram de fora, ausentes até mesmo das eliminatórias em algumas vezes.
O problema é que o caminho da Guiné Equatorial até as semifinais foi, no mínimo, turbulento. Na primeira fase, foram dois empates (1 a 1 com o Congo e 0 a 0 com a Burkina Faso) e uma vitória (2 a 0 sobre o Gabão). Nas quartas de final, o time comandado pelo técnico Esteban Becker venceu a Tunisia de virada por 2 a 1, com um gol na prorrogação.
E é aí que começa a polêmica. A Tunísia vencia por 1 a 0 até os acréscimos do segundo tempo, quando o árbitro Rajindraparsad Seechurn assinalou um pênalti mais do que duvidoso. Os jogadores tunisianos protestaram ostensivamente contra o juiz, encarando até mesmo os torcedores presentes ao Estádio de Bata.
De nada adiantou, já que Javier Balboa bateu o pênalti e empatou o jogo. Na prorrogação, o próprio Balboa fez 2 a 1 em cobrança de falta e determinou a histórica classificação dos donos da casa.
A atuação de Rajindraparsad Seechurn, no entanto, não passou ilesa. O Comitê de Arbitragem da Confederação Africana de Futebol (CAF) avaliou como “inaceitável” o pênalti assinalado pelo árbitro das Ilhas Maurício no fim do tempo regulamentar. Desta forma, Seechurn recebeu um gancho de seis meses em jogos continentais.
Os tunisianos, por sua vez, também não escaparam de punições. A federação local acusou “a CAF e seus dirigentes” de atuarem deliberadamente contra a seleção da Tunísia. No fim, foi punida em US$ 50 mil pela briga entre jogadores e arbitragem ainda durante a partida. A equipe pode até ficar fora da próxima edição da CAN, em 2017, em sede a ser definida.
Para a Guiné Equatorial, a caravana não para. Nesta quinta-feira, a equipe encara Gana por uma vaga na final do torneio. Quem passar, disputa o título contra a surpresa República Democrática do Congo ou a favorita Costa do Marfim, que fazem a outra semifinal nesta quarta-feira.
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