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Da várzea à glória. Após início no terrão, Willians sempre ganhou títulos

Willians iniciou a carreira no terrão em Praia Grande, cidade do litoral de São Paulo - Washington Alves/LightPress
Willians iniciou a carreira no terrão em Praia Grande, cidade do litoral de São Paulo Imagem: Washington Alves/LightPress

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

13/02/2015 06h00

Willians é conhecido por ser um marcador implacável, um volante que não desiste nunca, sobretudo quando o objetivo é roubar a bola do adversário. A descrição do novo meio-campista do Cruzeiro pode se encaixar perfeitamente em sua história de vida. Após o início nos campos de terra, ele se profissionalizou e desde então sempre celebrou títulos por onde passou. Será que na Toca da Raposa II virão mais conquistas?

A trajetória do jogador no esporte se iniciou em Praia Grande, no estado de São Paulo, sua cidade natal. Acompanhado de Silas, o irmão mais velho, atuou em times de várzea do município litorâneo. A insistência rendeu frutos. Aos 17 anos, após amistoso contra as categorias de base do Santos, foi convidado para treinar na Vila Belmiro, onde ficou quase uma temporada inteira.

A passagem pela Baixada Santista fez de Willians um jogador com mercado em outros clubes de São Paulo. Em 2004, transferiu-se para o Santos André e, já na equipe principal, venceu a Copa do Brasil do ano seguinte. A conquista foi a primeira da carreira do jovem volante.

A aparição do jogador revelado pelos campos de terra do litoral paulista ocorreu nos anos seguintes, quando Sérgio Soares barrou atletas experientes para dar uma oportunidade a ele, fato que o novo reforço do bicampeão brasileiro não se esquece.

“Ele foi o treinador mais importante na minha carreira. No grupo, tinha o Dedimar e o Ramalho, por exemplo, que eram mais experientes, mas ele me deu oportunidade mesmo assim e me ensinou muitas coisas. Mantemos contato até hoje”, disse por meio de sua assessoria de imprensa.

Ainda no ABC Paulista, ele faturou a Série A2 do Paulistão de 2008, fato que foi suficiente para chamar a atenção do Flamengo, clube o qual passou a defender a partir da temporada posterior. Na Gávea, foram três títulos: as edições de 2009 e 2013 do Campeonato Carioca e o Brasileirão de 2009.

Em 2012, chegou à Udinese, da Itália. A pessoas próximas ele já confidenciou que a passagem pelo futebol europeu, mesmo que curta, foi gratificante. Por isso, não esconde também que um dia gostaria de retornar ao Velho Continente apesar da idade considerada elevada.

Logo em 2013, retornou ao Brasil. Desta vez para atuar pelo Internacional. No Beira-Rio foram dois troféus consecutivos do Campeonato Gaúcho. Embora estivesse em alta no clube, acabou negociado com o Cruzeiro e não esconde que a passagem pelo terrão foi responsável por moldá-lo.

“Sou um jogador muito forte no que faço, na minha marcação. Desde quando surgi no futebol, sempre levei isso comigo. Não dou arrego para ninguém. Melhor não passar por mim. Espero mostrar grande futebol que fiz nos últimos anos. Serei igual a todos os times em que passe”, afirmou em sua apresentação.

No Cruzeiro, ele terá três anos de contrato e boas oportunidades de mostrar que pode dar sequência à sina de conquistar títulos por onde passa, além de ratificar o rótulo de jogador brigador.